22ª Semana da Justiça pela Paz em Casa é aberta em Porto Alegre
Evento do Judiciário busca conscientizar pelo fim da violência contra as mulheres
publicidade
O combate à violência doméstica é o principal tema da 22ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, promovida no Rio Grande do Sul pelo Ministério Público gaúcho (MPRS), em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado (TJRS). A abertura do evento ocorreu nesta segunda-feira, no Palácio da Justiça, em Porto Alegre, com a presença de diversas autoridades. O tema desta edição é “Grupos Reflexivos de Gênero, Masculinidades e Visões do Sistema de Justiça no enfrentamento da violência doméstica”.
A Semana, que conta com atividades até a próxima sexta-feira, ocorre em caráter nacional, e é organizada três vezes por ano pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nela, os tribunais agilizam processos relacionados à violência contra as mulheres, e discutem formas de reduzir os índices de ocorrências do gênero. Conforme o CNJ, somente na última edição, realizada em agosto, foram realizadas em todo o país 20 mil audiências, sentenciados quase 14 mil processos e concedidas 8 mil medidas protetivas.
"É muito importante destacarmos que este evento não é apenas para magistrados, mas também para servidores, membros da rede de proteção e promotores de Justiça, porque entendemos que todos precisam atuar de forma conjunta. Esta é a única forma de erradicarmos a violência contra a mulher", salientou a juíza-corregedora Taís Culau de Barros, titular da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJRS (Cevid). Além dela, outras representantes do Judiciário discursaram e houve ainda palestras e oficinas informativas.
O ato de início da Semana na Capital também marcou o início dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. A magistrada ainda comentou, durante a abertura, sobre o lançamento do jogo de tabuleiro Fada Lila, desenvolvido pela Cevid. “Ele visa, de forma lúdica, trazer esta mudança de cultura, para que, de acordo com os objetivos da Agenda 2030 da ONU, se empodere as meninas das escolas de educação primária e se traga a discussão sobre igualdade”, afirmou. O jogo, de acordo com ela, será encaminhado a todas as comarcas do RS.
