Alarme não foi ouvido por todos e cheiro a queimado é recorrente, alega sindicato sobre CAFF

Alarme não foi ouvido por todos e cheiro a queimado é recorrente, alega sindicato sobre CAFF

Sindicado dos Servidores Públicos expôs más condições de trabalho e fragilidades na segurança do prédio

Correio do Povo

21 andares do prédio foram evacuados nesta sexta-feira

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Após alarme falso de incêndio no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), nesta sexta-feira, o Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Rio Grande do Sul (Sintergs) alegou "más condições de trabalho e fragilidades relacionadas à segurança dos trabalhadores que atuam no prédio público". 

Em nota, a Sintergs disse que, em relação ao episódio de hoje, o alarme não foi ouvido por todos os funcionários e que foi 'inadequada' a comunicação do susposto incêndio com os servidores. Pela manhã, 21 andares foram evacuados. Os funcionários aguardaram do lado de fora até a possibilidade de incêndio ser descartada. Depois, os funcionários voltaram ao trabalho. 

“O alarme não foi ouvido pela maioria. E, mais uma vez, foi inadequada a comunicação com os servidores, que ficam sem orientação clara, muitos duvidando da veracidade”, relatou um trabalhador ao sindicato, que também alega que há relatos de que o cheiro de queimado é sentido quase todos dias por conta de obras no prédio. 

"O sindicato apurou que o prédio está passando por obras internas e que não há um aviso sobre quais escadas estão interditadas, questão que impacta na segurança. Outro agravante é que as portas corta-fogo são calçadas ou presas, não garantindo a contenção da fumaça e do fogo em caso de sinistro", aponta o sindicato em nota.

Vistoria e denúncias já foram feitas pelo Sintergs ao Ministério Público do Trabalho (MPT). É inadmissível atentar contra a segurança dos servidores. Medidas precisam ser adotadas com urgência”, afirma o presidente do sindicato, Antonio Augusto Medeiros.

A subsecretaria de Administração da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, responsável pela Administração do Caff, disse que o prédio foi evacuado por precaução após queda de energia elétrica, sendo este um evento externo ao CAFF. 

Sobre o alarme, a pasta afirmou que que o alarme ouvido pelos servidores foi o dos elevadores do prédio, acionado em ocorrências de interrupção de energia, e não o de incêndio. A secretaria afirmou que não há interdições em escadas. "Em razão das obras em andamento no CAFF, por vezes é necessário o bloqueio pontual de algum lance de escada, a fim de garantir a segurança do público. Nessas ocasiões, os bloqueios são informados a todas as secretarias sediadas no prédio, com orientações sobre as razões, períodos de trabalho e alternativas para os usuários", destacou em nota, que pode ser lida na íntegra abaixo. 

Veja a nota da Secretaria na íntegra

"Na manhã desta sexta-feira (1), o prédio do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) foi evacuado, por precaução, após registro de queda de energia elétrica. Essa falha na energia foi um evento externo ao CAFF e atingiu toda a região em que está localizado o Centro Administrativo, a qual ficou sem luz por alguns minutos.

Todavia, por precaução, os servidores foram levados à parte externa do complexo, onde aguardaram a vistoria realizada pela equipe de engenheiros do CAFF e pelo Corpo de Bombeiros. O alarme ouvido na ocasião foi o dos elevadores do prédio, acionado em ocorrências de interrupção de energia. 

No trabalho das equipes, iniciado de imediato, não foi encontrado qualquer indício de incêndio nas dependências do CAFF. Por conta disso, por volta das 10h20 foi autorizado o retorno às atividades no prédio.

Em relação à suposta interdição de escadas, informa-se que não há escadarias interditadas no Centro Administrativo. Em razão das obras em andamento no CAFF, por vezes é necessário o bloqueio pontual de algum lance de escada, a fim de garantir a segurança do público. Nessas ocasiões, os bloqueios são informados a todas as secretarias sediadas no prédio, com orientações sobre as razões, períodos de trabalho e alternativas para os usuários."


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