Autor de ação que suspendeu obras no Parque Harmonia diz esperar decisão do colegiado do TJRS

Autor de ação que suspendeu obras no Parque Harmonia diz esperar decisão do colegiado do TJRS

Já o prefeito Sebastião Melo afirmou que nova liberação dos trabalhos representa uma "vitória da cidade"

Felipe Faleiro

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Após a decisão do desembargador Marcelo Bandeira Pereira, da 21ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que liberou a retomada das obras no Parque Harmonia, em Porto Alegre, o vereador Marcelo Sgarbossa, um dos autores da ação original, afirmou que o processo está “ainda no início”. Ele defendeu os pontos originais da liminar que havia suspendido os trabalhos executados pela concessionária GAM3 Parks no local.

“O desembargador, em decisão monocrática, entendeu de forma diferente das outras juízas. Esta não é uma decisão definitiva e o assunto vai ser levado ao colegiado, onde outros dois magistrados vão decidir também”, comentou ele, dizendo que, “em tese, as obras podem voltar a ser suspensas”. A decisão do TJRS foi publicada na tarde da última sexta-feira. Com isso, estão sendo retomados os trabalhos de infraestrutura para a montagem do Acampamento Farroupilha, que deveriam, originalmente, iniciar no último dia 1º, com a entrada dos piqueteiros marcada para o próximo dia 12.

Neste domingo, o prefeito Sebastião Melo disse que a decisão do desembargador foi “uma vitória da cidade”. “Estamos colocando drenagem do parque, algo que os acampados reivindicaram a vida inteira. Acompanho há 30 anos e a única certeza é que haverá chuva na época do evento. O modelo de cidade que ganhou a eleição é o da parceria. Eles (ambientalistas) querem rediscutir a eleição, sendo que isto tem que ocorrer na próxima”, afirmou ele.

Em nota, a GAM3 Parks disse que a retomada marca “um novo capítulo para o projeto”. “Nosso objetivo permanece inabalável: transformar o Parque Harmonia em um local que reúna lazer, cultura e natureza para toda a comunidade”. A empresa reforçou ainda que a retomada será “com elevado empenho para recuperar o atraso” e que as obras são feitas com “os padrões mais elevados de qualidade e ética”.


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