Câmara de Vereadores recebe o Cônsul-Geral de Israel para discutir atos de Paz e o Antissemitismo

Câmara de Vereadores recebe o Cônsul-Geral de Israel para discutir atos de Paz e o Antissemitismo

Expediente abordou o conflito sangrento que acontece entre o povo Israel e Grupo Hamas, na Faixa de Gaza

Fernanda Bassôa

Cônsul-Geral de Israel, Rafael Erdreich, disse que o 7 de outubro foi um verdadeiro genocídio

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A Câmara de Vereadores de Canoas abriu um grande expediente no final desta terça-feira recebendo o Cônsul-Geral de Israel, Rafael Erdreich, e o presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, Marcio Chachamovich, que explanaram sobre as atrocidades e as ideologias que cercam o conflito sangrento que acontece entre o povo Israel e Grupo Hamas, na Faixa de Gaza, uma região palestina que fica na fronteira com o Egito e o Mar Mediterrâneo.

O debate sobre a paz em Israel e o Antissemitismo (prática de ódio contra judeus) foi proposto pelo líder da bancada do Republicanos na Casa Legislativa, vereador Alexandre Duarte, que pontuou sobre a importância do tema. “É um assunto de extrema relevância e de muita sensibilidade. É preciso propor esta reflexão sobre o que temos vivido nos últimos dias. O preconceito que cerca essa guerra precisa ser interrompido. Precisamos conscientizar a população e promover o respeito entre as diferentes culturas.”

O presidente da Federação Israelita, Chachamovich, foi o primeiro a usar a tribuna. Em uma espécie de desabafo, ele fez a leitura de três páginas e emocionou o plenário. Falou sobre o 7 de outubro e o massacre de milhares de inocentes com a invasão covarde do Grupo Hamas. “Um ato covarde com a intenção de assassinar em massa a população civil de judeus. Mulheres, crianças, idosos. Foi o pior atentado terrorista com requintes de crueldade. São atos incompatíveis com qualquer religião. Estupros coletivos, decapitação de crianças, sequestro de bebês de colo e uma sequência de atrocidades.”

Segundo ele, quem defende o Hamas, compactua com o terrorismo. E justificar a barbárie como uma forma de protesto é desprezar a vida humana. “Passeatas em prol da causa palestina são legítimas. Temos o dever de repudiar todo e qualquer ato terrorista, não podemos compactuar com isso. Pessoas de bem, que amam o próximo, não podem ficar caladas. A paz só será alcançada por meio do diálogo. O Brasil é um exemplo a ser seguido, pois aqui os povos vivem em harmonia. Não podemos dar voz ao terror.”

O Cônsul-Geral de Israel, Rafael Erdreich, agradeceu o convite, apresentou vídeos e fotos com cenas fortes, violentas, chocantes e desumanas. Disse que o 7 de outubro foi um verdadeiro genocídio e que o Hamas existe desde 1987, hoje com 40 mil membros ativos. “O Hamas se estabeleceu com o propósito exterminar os judeus no mundo inteiro. Eles têm um arsenal de 20 mil mísseis, sendo que 12,5 mil já foram lançados contra Israel de modo indiscriminado. O Hamas não é a única organização terrorista que Israel enfrenta neste momento. São seis organizações, todas com a mesma ideologia.”

Erdreich lembrou das 1,2 mil pessoas mortas apenas no primeiro dia de conflito, dos 226 sequestrados e dos 5,6 mil feridos graves, fora a população que até hoje enfrenta feridas psicológicas. “É um conflito desumano.”


Correio do Povo
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