Caxias do Sul encaminha ofício para governador rever bandeira vermelha para região

O prefeito de Caxias do Sul, Flávio Cassina, esteve reunido na manhã desta segunda-feira com as entidades e sindicatos do município para avaliarem a decisão do governo do Estado em inserir Caxias do Sul na bandeira vermelha. Foi apresentado ao grupo a decisão do Gabinete de Crise sobre solicitar ao governador Eduardo Leite que reveja a bandeira de Caxias do Sul para os próximos 15 dias. O documento foi apresentado a todos e, após o encontro, enviado ao Palácio Piratini. O município aguarda agora a manifestação do governador.

O documento relata, entre outras questões, a extrema preocupação com o ingresso da região da Serra, na bandeira vermelha. Discorre sobre as medidas que já foram tomadas pela prefeitura e pelas entidades empresariais junto aos seus representados. Lembra também que as medidas adotadas de distanciamento social desde 19 de março com gradual flexibilização deram resultado, pois a ocupação das UTIs com pacientes da cidade vem se mantendo em níveis médios. A taxa de ocupação de todos os leitos é de 67,39%. Ainda que o número de casos tenha crescido, por conta do surto em um frigorífico, o município possui seis óbitos, sendo que um trata-se de um cidadão natural da cidade, mas que não contraiu a doença em Caxias do Sul e não faleceu no município.

Quanto à infraestrutura implantada, foram instaladas estruturas para atendimento prévio nas UPAs e nas UBSs, lembrando que no dia 9 de maio, foram inauguramos 49 leitos de enfermaria no Hospital Virvi Ramos, denominado “Hospital de Campanha”. Além disso, no dia 16 de maio, com a presença do próprio governador, foram disponibilizados mais 10 leitos de UTI no Hospital Geral, mesmo sem a devida habilitação pelo Governo Federal.

A prefeitura solicita a revisão da bandeira vermelha atribuída à região da Serra, mais especificamente quanto a atribuição dessa bandeira à cidade de Caxias do Sul. Segundo o executivo municipal, a classificação não demonstra a situação e o esforço da cidade no combate à Covid-19. O documento finaliza dizendo que não se pode aceitar que novamente o comércio e os serviços sejam os segmentos mais prejudicados, e muito menos permitir que esses setores não consigam retomar suas atividades, mesmo que lentamente.