Churrasco Solidário oferece 4 mil refeições a pessoas em situação de rua em Porto Alegre

Churrasco Solidário oferece 4 mil refeições a pessoas em situação de rua em Porto Alegre

Estrutura foi montada no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico

Felipe Samuel

Organização do evento distribuiu mais de 700 quilos de carne e linguiça

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O cheiro de carne assada e um palco montado no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico, nesta sexta-feira, chamavam atenção de quem passava pelo Mercado Público. Considerado o maior churrasco em calçada da história de Porto Alegre, o Churrasco Solidário - que faz parte das comemorações de 251 anos da Capital - ofereceu 4 mil refeições a pessoas em situação de rua. Para atender o público, a organização do evento distribuiu mais de 700 quilos de carne e linguiça. 

Também foram distribuídos 350 quilos de paella e 4 mil pães. A estrutura montada próximo do terminal de ônibus e a movimentação de assadores atraíram o público desde as 8h. Durante o dia, uma longa fila se formou em frente ao Mercado Público e se estendeu até a rua José Montaury. A cuidadora Rossane Rodrigues da Silva chegou às 10h15 e se deparou com uma longa fila. Ela enfrentou sol e calor para ganhar a refeição, que começou a ser distribuída às 11h30. Com o prato na mão, ela aprovou a iniciativa. “É a primeira vez que eu venho. A comida está gostosa”, afirma. 

O eletricista Adair Rodrigues também encarou uma fila para saborear carne assada, salsichão e paella. Ele avalia que a iniciativa é uma forma de valorizar a cidade. “E ajuda a população carente, porque tem muita gente que faz apenas uma refeição por dia”, destaca. Apesar do movimento intenso, em 20 minutos Rodrigues recebeu a refeição e se juntou a outras pessoas que saboreavam a comida em pé. Gestor do Mercado Público de Porto Alegre, Ronaldo Pinto Gomes revela que lançou um desafio aos amigos: fazer o maior churrasco em calçada do mundo.

Isso porque o prefeito Sebastião Melo sancionou o projeto que autoriza fazer churrasco na calçada. Para realizar a empreitada, Gomes contou com a colaboração de parceiros. “Chegamos às 5h30 para trabalhar e montar a estrutura”, frisa. Foram dois meses para organizar o evento. “Estamos felizes porque tem som, alegria, música. Não tem dinheiro público, é tudo dinheiro de colaboradores. Não há recurso público”, ressalta, acrescentando que a carne foi doada pelo Marquês Empório Parrilla. “Queremos atender os mais necessitados”, afirma.  


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