Com Guaíba em elevação, moradores das ilhas começam a erguer móveis prevendo enchente em Porto Alegre

Com Guaíba em elevação, moradores das ilhas começam a erguer móveis prevendo enchente em Porto Alegre

Na Ilha Grande dos Marinheiros, água do Guaíba já está atingindo pátios de residências

Rodrigo Thiel

Na Ilha Grande dos Marinheiros água invade as ruas e avança nos pátios das moradias

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A cheia do Guaíba, em Porto Alegre, começa a mostrar que é uma questão de tempo. No bairro Arquipélago, moradores iniciam preparativos para enfrentar os transtornos de mais uma enchente na capital. Na região, equipes da Defesa Civil Municipal estão circulando de carro para comunicar as famílias do potencial de uma nova elevação do Guaíba.

Segundo estas equipes, ainda não há moradores desalojados, mas muitas casas já estão com seus pátios alagados. Uma delas é a da moradora Márcia Minuzzo, de 35 anos, na Ilha Grande dos Marinheiros. Ela já começou a erguer os móveis da sua casa depois que a água do Guaíba subiu repentinamente na manhã desta quarta-feira.

"Aqui onde eu moro é mais baixo. Da outra vez, a água bateu no pescoço. Hoje, a água subiu muito rápido. Estamos erguendo móveis, o colchão e tudo o que der caso o Guaíba suba ainda mais. Na outra enchente, eu consegui ficar abrigada em uma casa mais alta aqui no bairro. Agora eu já não tenho para onde ir. Só me resta torcer para que venha uma nova enchente", lamentou a moradora.

Defesa Civil alerta moradores do Arquipélago e Extremo Sul

O coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel Evaldo Rodrigues Júnior, informou que uma estrutura foi montada na praça da Ilha da Pintada para orientar as famílias da região. "Estamos aqui para ajudar a população sobre às possíveis inundações que podem ocorrer nas próximas horas", citou.

O pedido do órgão é que os moradores ribeirinhos ergam seus móveis e busquem abrigo em lugares seguros. O alerta também é válido para moradores do Extremo Sul da capital. Segundo a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), ainda não há pessoas acolhidas, apenas 29 indígenas que estão em um abrigo na Restinga.

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