Drones auxiliam nas buscas a desaparecidos em áreas atingidas pela enchente

Drones auxiliam nas buscas a desaparecidos em áreas atingidas pela enchente

Conforme balanço da Defesa Civil, publicado às 12h desta sexta, há 46 pessoas desaparecidas no RS

Correio do Povo

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Após o o ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul nos últimos dias, forças de resgate estão utilizando drones para tentar localizar pessoas desaparecidas e aumentar as chances de salvamento. Conforme o último balanço da Defesa Civil estadual, fechado às 12h desta sexta (8), há 46 desaparecidos em três municípios gaúchos: 30 em Muçum, 8 em Lajeado e 8 em Arroio do Meio.

Nas buscas, são utilizados drones pertencentes ao governo do Estado, alguns com tecnologia termal, que capta variações de calor e identifica sinais de vida, e equipamentos disponibilizados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR). Os drones do governo federal possuem diversas funcionalidades que vão além de registros fotográficos e estão sendo utilizados como facilitadores das atividades de busca.

Essas ferramentas permitem também a localização de corpos, porque captam informações de altimetria (medição de alturas ou de elevações de um determinado terreno) e altitude (medição da distância vertical de um ponto em relação ao nível do mar). Desse modo, com o compilado desses dados, é feito um processamento, tornando possível calcular plano altimétrico (determinando os níveis do terreno), massa, altura e distâncias.

“Os drones são importantes ferramentas utilizadas nas ações de prevenção, preparação e resposta durante as operações de busca e salvamento. Eles possibilitam que as unidades de busca cheguem a locais que estão inacessíveis, oportunizando maior eficácia, precisão e segurança às atividades de socorro, com imagens em tempo real, de forma dinâmica, ágil e eficiente”, explica o chefe da Casa Militar e Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Chaves Boeira. 

As equipes de resgate contam com a ajuda da Defesa Civil Nacional. Na quarta (6), chegaram de Brasília quatro integrantes do Grupo de Apoio a Desastres (Gade). Na manhã de quinta (7), essa equipe fez uso dos drones em Muçum e Roca Sales para registros fotográficos, além de trabalhos mais específicos em localidades onde há pessoas desaparecidas.

Foram feitos registros em plano aberto, para mensurar a área afetada, além de imagens em cima de prédios públicos e residências destruídas. Os registros são georreferenciados e, desse modo, também podem auxiliar nos planos de trabalho para reconstrução de infraestruturas atingidas e no embasamento de decretos de calamidade pública.

Além de drones, estão sendo utilizadas aeronaves com capacidade de voo noturno. Também deve ter início, nesta sexta (8), o emprego de cães de busca, realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar.


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