Estudante da UFSM denunciado por injúria racial afirma inocência

Estudante da UFSM denunciado por injúria racial afirma inocência

Em coletiva na manhã desta quarta-feira, aluno defende que MPF não tem provas da denúncia

Renato Oliveira

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O estudante de direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que teria sido vítima de ofensas racistas em 2017 e que foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) se disse inocente das acusações nesta quarta-feira. Elisandro Ferreira, 44 anos, concedeu entrevista coletiva na sede do Movimento Racismo Basta, localizada na avenida Rio Branco, centro de Santa Maria, acompanhado do seu advogado. O MPF denunciou o estudante ontem por quatro crimes: injúria racial, falsidade ideológica, ameaça e denunciação caluniosa.

Ferreira afirmou que o MPF "trabalha com elementos que são passados, mas não tem provas sobre a denúncia". Classificou o fato como "racismo institucional", já que fatos desta natureza estão em todos os lugares. "A população negra precisa ter seu espaço, mas estão tentando tirar o meu espaço. Provarei a minha inocência", salientou. O advogado Patrick de Oliveira Teixeira, que defende o estudante, afirmou que "os elementos que estão na denúncia não são provas para acusar Elisandro de injúria racista". 

De acordo com o advogado, as mensagens saíram da mesma antena onde estava conectado o telefone do Elisandro, o que não caracteriza que ele foi autor das ofensas. "As mensagens são de colegas dele, já que o mesmo emprestava o telefone para ajudar os outros", afirmou o advogado. Na denúncia, a Polícia Federal e o Mininistério Público Federal informam que as mensagens eram enviadas do aparelho do estudante de direito, mas de outro chip, para o prório Elisandro e para a outra colega.


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