Fórum discute iniciativas para a redução dos impactos negativos no meio ambiente

Fórum discute iniciativas para a redução dos impactos negativos no meio ambiente

O 4º Fórum Internacional de Mudanças Climáticas da Economia de Baixo Carbono – Diálogos com a Bioeconomia é promovido pelo Instituto Latino-Americano de Desenvolvimento Econômico Sustentável

Paula Maia

O Ministério Público do Rio Grande do Sul sediou o 4º Fórum Internacional de Mudanças Climáticas da Economia de Baixo Carbono – Diálogos com a Bioeconomia

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Porto Alegre recebeu hoje 4º Fórum Internacional de Mudanças Climáticas da Economia de Baixo Carbono – Diálogos com a Bioeconomia. O evento está realizado na sede do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e reúne diversas autoridades para tratar e discutir iniciativas para a redução dos impactos negativos no meio ambiente.

Na abertura do Fórum, o presidente Instituto Latino-Americano de Desenvolvimento Econômico Sustentável (Ilades), o advogado especialista em Direito Ambiental Marcino Fernandes Rodrigues Junior reelembrou os trágicos eventos recentes no Vale do Taquari, ressaltando as perdas humanas, ambientais e materiais que ocorreram.

Ele destacou a importância de iniciativas passadas, mencionando o primeiro Fórum de Mudança Climática da Economia de Baixo Carbono realizado em 2011, que reuniu palestrantes internacionais e resultou no plantio de 550 mudas de árvores como uma compensação ambiental.

A procuradora de justiça e coordenadora do centro de apoio operacional de defesa do meio ambiente do MPRS, Ana Maria Marchesan falou sobre a relevância da preservação ambiental e os desafios enfrentados pelo sistema climático. A procuradora destacou a necessidade de abordar as mudanças climáticas como um desafio global, transcendendo fronteiras políticas.

Ana Maria também ressaltou os efeitos adversos dessas mudanças, incluindo a perda de biodiversidade, escassez de recursos, contaminação da água e do ar, e impactos econômicos negativos. Ela defendeu a transição para uma economia de baixo carbono, enfatizando a adoção de práticas sustentáveis e o desenvolvimento de tecnologias limpas, como energia eólica, energia solar e biodigestores. Ana Maria também levantou preocupações sobre o desperdício de resíduos orgânicos no Brasil, que poderiam ser utilizados de maneira mais eficiente, incluindo seu uso em propriedades rurais.

“Esse evento é muito bem-vindo. Nós temos que fazer essa transição para uma economia de baixo carbono, com a adoção de práticas sustentáveis, desenvolvimento e aplicação de tecnologias limpas e sustentáveis, como a eólica, como a energia solar, os biodigestores. Quanto resíduo nós estamos desperdiçando, inclusive resíduos orgânicos que poderiam estar funcionando, no mínimo para tocar pequenas propriedades rurais”, considerou.

Durante o evento o presidente do Illades também informou que foi efetuado um acordo de cooperação estratégica e institucional com o Instituto Meio Ambiente do SENAI e revelou os planos para realizar um inventário de carbono da sede do MPRS. Junior enfatizou a importância desse projeto como uma referência tanto regional quanto nacional, e potencialmente internacional, para estimular ações de sustentabilidade em organizações públicas e privadas. O resultado do estudo deve ficar pronto em seis meses.

Também estão entre os palestrantes a promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre Annelise Monteiro Steigleder, a Bióloga e jornalista Jaqueline Sordi, o engenheiro químico Carlos Artur Trein, diretor regional do SENAI-RS, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Porto Alegre, Germano Bremm, o secretário executivo do ICLEI América do Sul e o engenheiro florestal Jackson Freitas Brilhante da Secretaria da Agricultura do RS.

 


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