Fundo do Ministério Público vai custear Memorial às Vítimas da Kiss, em Santa Maria

Fundo do Ministério Público vai custear Memorial às Vítimas da Kiss, em Santa Maria

Conselho Gestor aprovou repasse de R$ 4 milhões, nesta quinta-feira

Rádio Guaíba

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A Prefeitura de Santa Maria vai receber R$ 4 milhões, em verbas do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), administrado pelo Ministério Público Estadual, para construir o Memorial às Vítimas da Kiss. O Conselho Gestor do Fundo aprovou o repasse à iniciativa – um dos seis projetos, de um total de mais de 190, que vão receber, ao todo, cerca de R$ 9 milhões.

O Memorial vai ser construído no prédio que pertencia à casa noturna, na rua dos Andradas. A boate Kiss pegou fogo em janeiro de 2013, o que provocou 242 mortes e deixou mais de 630 sobreviventes feridos, configurando uma das maiores tragédias da história do País.

A aprovação do projeto ocorre no ano em que a tragédia completa uma década. “Queremos transformar aquele espaço onde funcionava a boate. Queremos tirar a dor e levar amor e carinho. Desfazer a ruína e construir a memória”, salientou o prefeito Jorge Pozzobom ao saber da aprovação do projeto.

O presidente da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Gabriel Rovadoschi Barros, saudou a decisão. “Buscamos há muito tempo o memorial e tratamos com grande seriedade. Também esperávamos um momento coerente e no tempo certo para isso acontecer e, acreditamos que este ano, que marca os 10 anos do incêndio, é muito propício, até para impulsionar a justiça”.

A busca pelo Memorial às Vítimas da Kiss ocorre desde 2013. Só em janeiro deste ano, porém, a Prefeitura de Santa Maria levou o projeto arquitetônico do memorial ao governador Eduardo Leite, em visita ao Palácio Piratini. No dia em que o incêndio completou 10 anos, o prefeito Pozzobom assinou o termo de compromisso para a construção do espaço, em meio às homenagens às vítimas e sobreviventes, na Praça Saldanha Marinho.

O projeto, escolhido por meio de um concurso do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RS), prevê um jardim naturalista circular de flores e um auditório. À volta dele, 242 pilares de madeira, cada um representando uma vítima da tragédia.


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