Jurista brasileiro é eleito para a Corte Internacional, em Haia

Jurista brasileiro é eleito para a Corte Internacional, em Haia

Leonardo Caldeira Brant é professor de direito da UFMG e deve ocupar a vaga no Tribunal Internacional até 2027

R7

Leonardo Caldeira Brant é professor de direito da UFMG e deve ocupar a vaga no Tribunal Internacional até 2027

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O jurista Leonardo Caldeira Brant foi eleito, nesta sexta-feira (4), para uma das vaga na Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, na Holanda. Brant havia sido indicado pelo Itamaraty para ocupar o posto deixado pelo juiz brasileiro Antônio Cançado Trindade, que morreu em maio. 

Professor de direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brant foi escolhido para a vaga na corte das Nações Unidas devido ao perfil conciliatório, diante do cenário atual de turbulências políticas no plano internacional, como justificou o ministro das relações Exteriores do Brasil, Carlos França.

Nas redes sociais, o Itamaraty comemorou a eleição. "O Brasil celebra hoje a eleição do professor Leonardo Caldeira Brant ao cargo de juiz da Corte Internacional de Justiça com 121 votos na Assembleia Geral e 13 votos no Conselho de Segurança da ONU", diz a mensagem postada no perfil do ministério no Twitter.

"O resultado da eleição reflete as credenciais do professor, bem como o reconhecimento da atuação do Brasil em prol da solução de controvérsias e em defesa do Direito Internacional."

No Tribunal de Haia costuma-se substituir um juiz, que deixa o cargo antes do fim do mandato, por outro jurista da mesma nacionalidade. Porém, a Argentina também havia apresentado um candidato para a vaga. Brant deve ficar no posto até 2027.

A Corte é o principal órgão judicial das Nações Unidas, responsável por julgar as controvérsias jurídicas entre as nações. Entre os processos que tramitam atualmente no Tribunal Internacional estão uma ação da Ucrânia contra a invasão Russa, uma investigação aberta contra o governo da Venezuela por supostamente perseguir opositores e uma ação da Venezuela contra os Estados Unidos motivada pelas sanções econômicas impostas ao país latino-americano.


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