Lei que substitui sirene por música em escolas de Porto Alegre é sancionada

Lei que substitui sirene por música em escolas de Porto Alegre é sancionada

Projeto do vereador Alvoni Medina obriga a substituição em até 180 dias para beneficiar estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Rodrigo Thiel

Sanção da Lei que substitui sinais estridentes por musicais em escolas municipais em Porto Alegre

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Na tarde desta sexta-feira, o prefeito em exercício, Mauro Pinheiro, sancionou a lei que obriga a substituição de sinais sonoros estridentes por sinais musicais ou visuais adequados para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas escolas municipais de Porto Alegre. Com o projeto, de autoria do vereador Alvoni Medina, as instituições de ensino têm até 180 dias para se adequarem.

De acordo com o proponente, cada escola buscará um som ou um sinal visual para usar. Além disso, Medina citou que procurará a Secretaria Estadual de Educação e as escolas particulares de Porto Alegre para todos possam aderir ao projeto. Ele ressaltou a importância de tornar a escola um local confortável para que os alunos tenham condições de aprender.

“Infelizmente, este barulho das sirenes acaba desregulado estes jovens e traz transtornos para os professores, para a família e para os demais alunos. Então este projeto serve para que os pais tenham mais paz, sabendo que o seu filho vai para a escola para estudar e que nada vai atrapalhar. Esta proposta é um investimento, uma melhoria na qualidade de vida do cidadão. A cidade precisa de acessibilidade. Estamos aqui para cuidar de todas as pessoas”, reforçou Medina.

O secretário de Educação de Porto Alegre, José Paulo da Rosa, destacou que nove escolas já utilizam de músicas no lugar do sinal e que a cidade possui um número expressivo de alunos com necessidades especiais. Para ele, o trabalho realizado na capital é de referência para outras cidades. “É um projeto importante e que contribui para que a gente mantenha o aluno autista na escola, que é o melhor local para ele permanecer. A lei estabelece um prazo de 180 dias a partir da sua promulgação para revisar esse sinal das demais escolas do município”, contou.

Para Erika Rocha, mãe da pequena Angelina, a felicidade é dupla. “Estou muito feliz por ter participado, porque fui eu que entreguei esse projeto para o vereador Medina. É uma vitória não só para mim, como mãe atípica, mas para toda a comunidade autista e para as pessoas também que têm o transtorno do processamento sensorial. Para os olhos típicos, pode parecer uma grande besteira. Para nós, é uma grande inclusão”, finalizou Erika.


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