Melo afirma que fará uma revisão do sistema de contenção de cheias depois da enchente histórica

Melo afirma que fará uma revisão do sistema de contenção de cheias depois da enchente histórica

Acima dos 5 metros, Guaíba tem colocado à prova o sistema de contenção e, principalmente, o Muro da Mauá

Correio do Povo

Avanço do Guaíba fez o Centro Histórico de Porto Alegre amanhecer completamente alagado

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Em coletiva de imprensa, o prefeito Sebastião Melo anunciou que a prefeitura fará uma revisão geral de todas as comportas e casas de bombas do sistema de contenção de cheias de Porto Alegre. Conforme a prefeitura, os portões seguem íntegros, com vazamentos em alguns pontos, mas ainda auxiliando muito na contenção do grande volume d’água que chega na capital.

O prefeito também informou que apenas 10 das 23 estações de bombeamento, responsáveis por mandar água da chuva para o Guaíba, estão em funcionamento neste sábado e que este é o grande problema responsável pelos alagamentos. “Neste momento, não vou buscar culpados. Antes de mim teve dezenas de prefeitos e cada um fez o que pode de melhor. As crises são oportunidades de rever tudo isso, mas não se tem dinheiro para tudo. O muro está sofrendo seu grande teste agora e está resistindo bem até o momento. Nós vamos revisar todo o sistema de contenção de cheias. Mas eu não vou tratar disso agora, pois não temos tempo e espaço para isso no momento”, afirmou.

O diretor geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss, citou ainda que ainda não é possível mensurar o quanto o Guaíba ainda poderá subir. Segundo ele, as comportas 11 e 12, que atuam na região do 4º distrito, seguem íntegras, mas que não é possível estancar toda a pressão das águas. “Por isso, a região do Humaitá segue alagando, mas estamos conseguindo conter um avanço ainda maior da água”, completou.

Loss apontou ainda que, nos últimos anos, o Dmae tem feito investimentos no sistema. “Reformamos todas as casas de bombas, que foram ampliadas com novos motores. Foram investidos cerca de R$ 20 milhões. Mas em uma catástrofe, como a gente tem presenciado, não há sistema de proteção que consiga resistir”, finalizou.

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