Metroviários anunciam greve no dia de abertura da Expointer

Metroviários anunciam greve no dia de abertura da Expointer

Paralisação total deverá durar 24 horas, conforme o Sindimetrô-RS

Correio do Povo

Trensurb retomou as atividades normalmente

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O Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul (Sindimetrô-RS) anunciou nessa terça-feira que fará uma paralisação total de 24 horas a contar a partir de 0h de 26 de agosto (sábado), dia de início da 46ª edição da Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. 

Conforme a entidade, a greve ocorrerá levando em consideração a "falta de avanço nas negociações de dissídio com a direção da Trensurb". Na segunda-feira houve uma sexta reunião sem avanços das cláusulas econômicas. O Sindimetrô não aprova a proposta de reajuste de 3,06% para a categoria e diz que as negociações de reposição salarial ocorrem desde o início de julho. 

O Sindimetrô ressalta que o anúncio da greve não é definitivo. A entidade espera que uma nova reunião aconteça ainda esta semana com a Trensurb, mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Dependendo de como for a conversa, a paralisação pode não acontecer. 

Por conta de a Expointer estar situada bem próxima à estação Esteio, da Trensurb, uma paralisação tende a gerar impacto considerável no número de pessoas que conseguirão acessar o evento, pois o trem é uma das formas mais utilizadas pelo público para locomoção até a feira. 

O que diz a Trensurb

Em nota direcionada à reportagem, a Trensurb diz respeitar o movimento sindical e alega ter estabelecido um processo de negociação com os sindicatos em relação aos acordos coletivos de trabalho. A estatal chama atenção para o fato de não possuir total autonomia nos acordos por ser uma empresa pública, subordinada ao Ministério das Cidades e sujeita às limitações do orçamento federal.

A direção da Trensurb afirma considerar as diferenças entre a pauta apresentada pelo Sindimetrô-RS e a proposta da empresa muito pequenas, o que possibilita chegar a um denominador comum, de modo a não justificar um movimento grevista. Conforme a estatal, caso a intenção pela paralisação permaneça, ela "tomará as medidas cabíveis para atender os usuários do metrô e garantir a prestação do serviço de transporte com o menor impacto possível".

Os movimentos da estatal incluem acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Justiça do Trabalho buscando a mediação do conflito, além de traçar estratégias operacionais para mitigar o efeito de uma eventual paralisação de trabalhadores.


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