Montenegro cria PL que propõe destinação de recursos aos cadastrados no programa Família Acolhedora

Montenegro cria PL que propõe destinação de recursos aos cadastrados no programa Família Acolhedora

Projeto de Lei foi encaminhado a Câmara de Vereadores nesta quinta-feira e deve ser analisada nos próximos dias

Fernanda Bassôa

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De um lado, crianças e adolescentes afastados dos pais, precisando de um lar até que atinjam a maioridade ou sejam adotados. De outro, famílias dispostas a recebê-los, mas sem condições financeiras. Neste contexto, o prefeito de Montenegro, Gustavo Zanatta, encaminhou à Câmara de Vereadores, na última quinta-feira, um projeto de lei que tem o potencial de resolver este problema. Por meio do programa Família Acolhedora, quem estiver disposto a receber estes menores passará a receber um salário mínimo mensal para suprir as despesas.

Zanatta explica que a iniciativa é importante para assegurar a efetivação do direito à convivência familiar de crianças e adolescentes acolhidos que não têm possibilidade de reintegração familiar, que ainda não estão aptas à adoção ou que aguardam a inserção em família substituta. “A guarda subsidiada se constitui no acolhimento familiar de criança ou adolescente por família previamente cadastrada e capacitada, residente em Montenegro, que tenha condições de receber e manter dignamente o acolhido, oferecendo-lhe os meios necessários à saúde, educação, alimentação e convívio social”, define o prefeito.

O texto do projeto de lei estabelece que a gestão do programa caberá à Secretaria Municipal de Habitação Desenvolvimento Social e Cidadania. O setor deverá avaliar o perfil e as condições dos interessados, mas caberá ao Poder Judiciário a palavra final sobre o acolhimento. “O programa é voltado a menores em situação de risco social, com o objetivo de proporcionar meios capazes de readaptá-los ao convívio em família e em sociedade, visando possibilitar o retorno à família de origem ou a adoção, conforme o caso”, explica o titular da pasta, Luiz Fernando Ferreira.

A seleção dos interessados levará em conta o local de moradia, o espaço físico, o ambiente familiar, a motivação e o preparo para o acolhimento. A equipe de referência do serviço definirá o número de menores que cada família acolherá. E, na medida do possível, os grupos de irmãos serão colocados sob a guarda da mesma família. “Depois de formalizado o acolhimento, uma equipe técnica irá acompanhar o dia a dia destes menores, para assegurar o bom atendimento e o alcance dos objetivos do programa”, ressalta o secretário. Todo o processo será fiscalizado ainda pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e pelo Judiciário. Entretanto, a implantação do programa depende do aval da Câmara de Vereadores, que deve iniciar a análise do projeto nos próximos dias, assim que for inserido na pauta da Casa Legislativa.


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