Mutirão de cirurgias de catarata da prefeitura de Lajeado reduz fila em até 77%

Mutirão de cirurgias de catarata da prefeitura de Lajeado reduz fila em até 77%

Meta do município é zerar espera pelo procedimento até janeiro de 2024

Correio do Povo

Jorge Ricardo Pflugseder, de 66 anos, precisou fazer o procedimento nos dois olhos

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A Prefeitura de Lajeado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), realiza um mutirão de cirurgias de catarata. Já foram realizadas 308 cirurgias de 396 previstas. Até o momento, a fila já foi reduzida em 77%, e a meta do município é zerar este número em janeiro de 2024.

São pacientes que estavam aguardando na fila de espera que é administrada pelo governo do Estado e que agora tiveram seu atendimento agilizado quando o município investiu R$ 728 mil de recursos próprios, assumindo uma responsabilidade que não era originalmente sua para prestar um atendimento mais ágil ao cidadão.

O mutirão começou em setembro, tendo sido realizadas 125 cirurgias nos meses de setembro e outubro, 112 em novembro e 71 em dezembro. As cirurgias foram realizadas no Instituto de Oftalmologia, do município de Encantado. Conforme o titular da Sesa, Cláudio André Klein, esse mutirão trará mais qualidade de vida para quem precisa desse procedimento. “Trabalhamos sempre para que a espera não seja prolongada e o paciente receba o atendimento no adequado no tempo certo. Esse mutirão já reduziu cerca de 77% a fila nesta especialidade”, explicou.

O morador do bairro Jardim do Cedro, Jorge Ricardo Pflugseder, de 66 anos, precisou fazer o procedimento nos dois olhos. "Foi tudo muito tranquilo. No olho direito, eu enxergava apenas 20% e no esquerdo até enxergava bem, mas já apresentava a doença também. A espera foi quase de dois anos, entre exames, solicitação e cirurgia, mas fui muito bem atendido e a recuperação foi ótima. Até me receitaram óculos, mas não preciso usar, pois enxergo muito bem depois da cirurgia”, relatou Pflugseder, que foi atendido no posto de saúde do bairro e fez a cirurgia em Encantado. A esposa dele, Vera Lúcia Pflugseder, 70 anos, contou, entre risos, que Jorge está "enxergando tão bem que vê se o mosquito é macho ou fêmea".

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Os pacientes atendidos na rede básica, quando necessitam de algo mais complexo ou específico, são encaminhados pelo posto de saúde para as chamadas “referências”, que são as instituições conveniadas pelo SUS para aquele tipo de consulta, exame ou cirurgia. O agendamento para essas referências acontecem pelo Sistema de Gerenciamento de Consultas (Gercon), que é administrado pelo Governo do Estado.

Após a primeira consulta, se houver indicação médica para realizar cirurgia, o paciente fica em uma fila interna do prestador do serviço (instituição que faz a cirurgia), e o agendamento acontece conforme os recursos que o governo do Estado repassa. Neste caso, a fila vai andando na medida em que há verba para o pagamento das cirurgias, e vão sendo chamados os pacientes mais graves de todos os municípios que usam aquele serviço como referência. Isso gera uma fila de espera grande e que evolui de forma lenta.

Para evitar esta espera, o município contratou, com recursos próprios, cirurgias para os seus cidadãos, de modo que eles pudessem ser atendidos fora da fila do Estado. Assim, o município assume uma responsabilidade que não era sua para melhorar a saúde dos seus cidadãos.


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