Papai Noel: de pai para filho há 85 anos promovendo o encontro da fantasia com a realidade em Uruguaiana

Papai Noel: de pai para filho há 85 anos promovendo o encontro da fantasia com a realidade em Uruguaiana

A tradição do Natal preservada em família e levada aos lares uruguaianenses

Fred Marcovici

Cláudio há 35 anos renova a mítica do Natal com as visitas a lares uruguaianenses

publicidade

Já diz o ditado “Filho de Papai Noel, Noel é”. Em Uruguaiana – Fronteira-Oeste do RS, o servidor escolar Cláudio José Rodrigues dos Santos, 53 anos, casado, espera cheio de expectativa esta época do ano para, trajado de Papai Noel, se investir no papel de quem vai levar presentes, alegria e muita fantasia a casas de crianças uruguaianeses.

Além, é claro, de assegurar uma receita extra para as festas de final de ano da família Santos.

Cláudio conta que durante 50 anos, o seu pai, também funcionário público, Clóvis Machado, o “Tupamaro”, foi o Papai Noel da Prefeitura e de alguns eventos particulares para os quais era convidado.

No momento em que ele parou, Cláudio assumiu as vezes do “bom velhinho”. E isso já faz 35 anos, destaca.

Tem experiência e muitas histórias de sonhos realizados e o imaginário infantil alimentado. No início do mês, os convites começam a chegar e, os contratos sendo fechados. Conversa entre pais fica sempre mais fácil. Em média, Cláudio visita ao menos 15 casas durante os dias 24 e 25 de dezembro.

Pessoas de todos os níveis e variadas motivações recepcionam o ilustre visitante. No encontro entre Papai Noel e as crianças a magia mais uma vez se recria e é mantida a mística do Natal.

Segundo Cláudio ele também vai a instituições assistenciais emprestar sua vocação, voluntariamente, a exemplo do que faz no CACAU – Centro de Atenção à Criança e ao Adolescente de Uruguaiana que acolhe a moçada em desvantagem social.

A chaminé deste Noel é a porta dos fundos da residência pela qual ele entra de forma discreta até, na sala, abraçar e ser abraçado pela garotada que vê aquela figura surgir do nada e distribuir presentes das cartinhas, carinho, conselhos e brincadeiras acompanhados do tradicional ho, ho, ho.

O desconforto com o calor severo, registrado na região, sempre na casa dos 30ºC, obrigou Cláudio a reconfeccionar a indumentária com tecidos mais leves e apropriados para enfrentar a situação sem precisar derreter-se junto às crianças, diz ele.

Ainda de acordo com Cláudio, a cada ano diminui o número de pessoas dispostas a se investirem no papel de Noel, principalmente, os voluntários. Ele atribui que os pais não estariam estimulando aos filhos acreditarem na figura de Papai Noel, coisas da modernidade, conclui.

Contato da central de Papai Noel (55) 98417-3701.

Veja Também


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895