Por risco de dengue, Ministério Público cobra retirada de lona no Mega Domo, em Canela

Por risco de dengue, Ministério Público cobra retirada de lona no Mega Domo, em Canela

Empresa responsável pela estrutura é alvo de ação civil

Correio do Povo

Vigilância Sanitária de Canela realizou vistoria no local e constatou que há larvas de mosquitos na água acumulada na lona

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça de Canela, ingressou com ação civil coletiva contra a empresa responsável pela estrutura do "Mega Domo" para que retire a lona que apresenta acúmulo de água e é considerado foco de proliferação de mosquitos.

Ao ingressar com a ação, em 1º de fevereiro, o promotor de Justiça Matheus Generali Cargnin levou em consideração que já há uma ação civil pública, ajuizada em março de 2023, devido a questões ambientais e urbanísticas também envolvendo a estrutura. Em meio a este processo, e devido à preocupação com potenciais criadouros para o mosquito da dengue quando a lona está desinflada, o MPRS solicitou ao Judiciário que a empresa responsável retire a lona, bem como toda e qualquer estrutura que possa favorecer o acúmulo de água no prazo de cinco dias, a contar da decisão judicial, sob pena de multa diária no valor de R$ 10 mil, além de tomar todas as medidas necessárias para a sanitização do local.

Não havendo o cumprimento integral da decisão no prazo determinado, o Ministério Público ainda requer que seja concedida à Prefeitura autorização judicial para que, por seus próprios meios, retire do local a lona, qualquer estrutura que possa favorecer o acúmulo de água e tome todas as medidas necessárias para a sanitização do local, sem prejuízo do posterior ressarcimento dos custos pelas demandadas.

A Vigilância Sanitária de Canela já realizou vistoria no local e ficou constatado que, além das irregularidades que implicam danos ambientais, há larvas de mosquitos na água acumulada na lona.

Para o promotor “é inadmissível que a estrutura seja um potencial criadouro de mosquito Aedes aegypti, bem como para outros diversos insetos, colocando em risco iminente a saúde pública”. O promotor cita ainda a preocupação nacional com a dengue e as duas mortes confirmadas no Rio Grande do Sul, que enfrenta uma epidemia declarada da doença, “Não precisamos esperar que ocorra casos em Canela para tomar atitudes. É melhor eliminar locais que possam gerar este problema”.


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