Prefeitura de Porto Alegre apresenta banco de dados de atendimentos socioassistenciais

Prefeitura de Porto Alegre apresenta banco de dados de atendimentos socioassistenciais

Sistema Gesuas será implantado pela Administração em parceria com MPRS e Fundo para Reconstituição de Bens Lesados

Felipe Faleiro

Plataforma deve beneficiar 368 mil pessoas em Porto Alegre

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A Prefeitura de Porto Alegre apresentou nesta quinta-feira o Sistema de Gestão da Rede Socio-assistencial (Gesuas), que deverá reunir um banco de dados de todos os atendimentos e usuários do sistema socioassistencial na Capital, substituindo arquivos físicos, além de integrar novos atendimentos. “Esta plataforma vai qualificar imensamente o processo de trabalho de assistência social em Porto Alegre, iniciando pela perspectiva da sustentabilidade, já que hoje todos os processos são feitos fisicamente, e ainda tudo o que temos sobre as famílias atendidas estarão disponíveis nele”, comentou o presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Cristiano Roriatto.

O prefeito Sebastião Melo, o vice Ricardo Gomes, secretários municipais e representantes de entidades assistenciais, além do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), estiveram presentes na cerimônia no Paço Municipal. A implantação do sistema ocorre após uma parceria do MPRS com o Conselho Gestor do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), que, por sua vez, aprovou o projeto da Fasc em dezembro de 2022. 

Porto Alegre, a primeira capital a contar com o sistema, recebeu R$ 3,5 milhões para sua implantação, após vencer em primeiro lugar o edital estadual, entre outros 200 projetos. O Gesuas já existe em 20 municípios brasileiros, com mais de 1,2 milhão de famílias em sua base de dados. Na Capital, serão integradas 179,2 mil famílias, ou pouco mais de 368 mil pessoas que estão no Cadastro Único. Mais de 2 mil trabalhadores também serão treinados para uso do sistema na cidade, por meio da chamada Universidade Gesuas, que será implantada futuramente.

Conforme a Prefeitura, serão necessários 60 dias para subir os dados atuais das famílias no sistema. Depois, haverá o reconhecimento e contextualização, e o treinamento ocorre em seguida. Após a criação da Universidade Gesuas, será feito um acompanhamento. “Somos gratos a todos os parceiros e entidades que nos apoiam, porque não se faz um processo destes sozinho. Hoje demos um passo adiante, mas temos um longo caminho a seguir para avançar mais na área social”, afirmou o prefeito Melo.

Para a promotora da Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos do MPRS, Márcia Rosana Cabral Bento, a entidade quer cada vez mais ser uma parceira da Administração para “solução dos problemas”. “Esperamos que esse sistema, que vai trazer uma informatização necessária para a Fasc, seja capaz de proporcionar uma melhor transparência e uma facilidade de gestão que vai ser o resultado em favor das pessoas, dos grupos e famílias em situação de vulnerabilidade social”, comentou ela.


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