Presidente do Stetpoa garante que rodoviários não impediram circulação de ônibus em Porto Alegre

Presidente do Stetpoa garante que rodoviários não impediram circulação de ônibus em Porto Alegre

Segundo presidente da Carris, até às 9h, 120 veículos da frota circulavam na Capital

Marcel Horowitz

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Cerca de 120 ônibus estavam nas ruas de Porto Alegre, às 9h desta segunda-feira, quando está marcado para ocorrer o leilão da Carris. Conforme determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), 132 ônibus - 60% dos 220 que compõem a frota da empresa - devem circular pela Capital, apesar da paralisação dos rodoviários.

Segundo o acordo definido no judiciário trabalhista, 11 das 21 linhas operadas pela Carris estão fora de circulação. Ainda conforme o acordado, a greve deve vigorar apenas nesta segunda.

Em protesto desde o início da manhã, em frente ao estacionamento da empresa, integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Porto Alegre (Stetpoa) garantem que não estão impedindo a saída dos ônibus. Conforme o presidente do Stetpoa, Adair da Silva, os trabalhadores também realizam a reposição de veículos que precisarem de manutenção.

“Em nenhum momento trancamos o portão e quem falar isso está mentindo. Os ônibus estão saindo normalmente e no momento em que um estraga, trocamos por outro”, afirmou o presidente do Stetpoa. "O povo de Porto Alegre não quer vender um patrimônio da cidade. A Carris não é da prefeitura, é do povo".

 



De acordo com o presidente da Carris, Maurício Gomes da Cunha, aproximadamente 40 mil cidadãos são prejudicados com a greve da categoria. Cunha, mesmo admitindo que há riscos de impugnação, está confiante que o leilão ocorra conforme previsto.

"Isso (paralisação) faz com que 40 mil pessoas não sejam atendidas, pois o sindicato decidiu fazer uma greve política. O edital vem sendo discutido há mais de três anos. Temos confiança que a venda da Carris se realizará logo mais e pedimos desculpas para a população, pelas dificuldades no atendimento", concluiu. 

 

 


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