Presidente do TJRS visita sede do Correio do Povo e Rádio Guaíba

Presidente do TJRS visita sede do Correio do Povo e Rádio Guaíba

O desembargador Alberto Delgado Neto participou do programa Agora e conversou com a reportagem do Correio do Povo

Paula Maia

O desembargador falou sobre a virtualização dos processos, o projeto Judiciário Solidário e a implementação de novas tecnologias

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O novo presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), desembargador Alberto Delgado Neto, esteve na manhã desta segunda-feira na sede do Correio do Povo e da Rádio Guaíba, no centro de Porto Alegre.

Durante a visita, o presidente do TJRS participou do programa Agora da Rádio Guaíba e conversou com a reportagem do Correio do Povo.

Em entrevista para o Correio do Povo, o presidente falou sobre o projeto Judiciário Solidário que ajuda a sociedade e auxilia na redução da judicialização. Ele ressaltou a destinação de valores para o executivo, realizada no mandato da sua antecessora Iris Helena Medeiros Nogueira. Foram R$ 248 milhões para a área da Saúde, R$ 34 milhões para projetos da Educação e R$ 20 milhões para o enfrentamento à fome. E expressou o compromisso de continuar contribuindo de maneira efetiva para a comunidade.

“São áreas onde existem uma produção de demanda muito grande para nós. A área da saúde é um exemplo. Isso é um sofrimento muito grande para as pessoas que precisam de acesso. Ao antecipar esse recurso para o executivo, estamos reduzindo o ingresso de demanda e, principalmente, ajudando a população. Pretendemos continuar nessa política”, garantiu.

Sobre o uso de novas tecnologias, Neto afirmou que elas devem ser usadas para ajudar no trabalho do judiciário e que devem ser compreendidas como ferramentas complementares, não substitutas do trabalho humano.

No programa Agora, com a apresentação de Zé Aldo Pinheiro, o desembargador falou sobre a imagem do judiciário, as ações previstas para o seu mandato e os investimentos do órgão no Estado do Rio Grande do Sul.

Uma das pautas abordadas durante o programa foi a virtualização dos processos e as novas políticas para evitar a ociosidade dos prédios do judiciário. O presidente do TJRS destacou que o projeto de virtualização foi iniciado em 2017 e consequentemente acelerado pela pandemia. O que resultou no planejamento de fóruns digitais mais eficientes e sustentáveis. Quatro plantas dessas novas estruturas já foram entregues e foram aprovadas Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o modelo gaúcho já está sendo replicado no Estado do Paraná.

“O CNJ gostou muito e o Estado do Paraná já está implantando, criação nossa. É uma estrutura física que não conta com papel e tem a metade da área construída, com metade do custo de manutenção. Isso será implantado paulatinamente a medida que o envelhecimento dos nossos prédios for exigindo. Os aproveitamentos dos espaços já começam a acontecer. Entregamos o prédio para a Delegacia Regional da Polícia Civil de Capão da Canoa e o Foro Regional em Porto Alegre para a Polícia Civil do 4º Distrito”, explicou.

Ao abordar o papel do judiciário, Neto enfatizou a atuação por provocação e ressaltou o compromisso contínuo em atender às necessidades da sociedade e modernizar as práticas judiciais para melhor servir à população.

“Nós temos uma constituição de 1988. Nesta fase de transição de um estado a ser constituído, o judiciário é chamado para atuar em várias frentes. E a partir disso ele passa a ter que normatizar e dar a regra daquilo que ele não precisava dar, mas ele é passivo e é provocado”, considerou.


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