Seminário em Pelotas fala sobre projetos de resiliência um ano após a enchente de 2024
O evento foi promovido pela Agência Regional de Resiliência e Desenvolvimento da Azonasul

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A Câmara Técnica de Resiliência e Desenvolvimento da Agência de Desenvolvimento Regional da Zona Sul, criada pela Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) realizou um seminário regional de integração em gestão de riscos e desastres. O evento, que teve por objetivo apresentar palestras e paineis acerca das ações realizadas no Estado em na região para promover a resiliência, que foram desencadeadas após o maior desastre natural da história do Estado lotou o auditório do Sicredi, em Pelotas,
Na abertura do evento, a ex-prefeita de Pelotas e atual Secretária Extraordinária de Relações Institucionais do Estado, Paula Mascarenhas lembrou como foi a enchente na cidade e o trabalho realizado pelas autoridades do município. “Um ano da enchente e quando olhamos o que passou, fora do momento de emergência, percebemos como tivemos condições de enfrentar aquela que foi a maior tragédia climática que Rio Grando do Sul enfrentou e quanto aqui na zona sul o nosso trabalho integrado, coletivo, interdisciplinar, nos ajudou a nos protegermos a proteger a nossa população”, observa.
Para ela o que ocorreu tem que ser um aprendizado para que o Estado se fortaleça cada vez mais e é necessário deixar o trabalho como legado e construir um diferencial competitivo para o desenvolvimento econômico da nossa região. “ Cada vez mais com as ameaças climáticas que rondam o planeta, aquelas regiões que saírem na frente, que executarem planos de resiliência, enfim que conseguirem fazer um trabalho com resposta rápida, são as que vão atrair o investimento privado porque vão oferecer mais segurança, então acho que isso a nossa região”, observou.
O Chefe da Casa Militar e Coordenador Estadual da Defesa Civil, Luciano Boeira estava entre os palestrantes. Ele começou fazendo um retrospecto das tragédias climáticas que acometeram o Estado desde 2023 quando assumiu a defesa civil estadual. “Ela tem 55 anos de história e o que ocorreu nos últimos dois não aconteceu nos outros 53. O Estado passou por pelo menos dez eventos extremos . A única estratégia do governo para enfrentamento dessa crise é apresentar os projetos que estão em andamento dentro da Defesa Civil”, observa. Ele falou ainda sobre o programa estadual de gestão integrada que foi pensado em três pilares: Reforço no corpo técnico, construção de política estadual de proteção a defesa civil e modernização da infraestrutura. Um dos projetos estruturantes que está em andamento é a rede de radares meteorológicos. “Já temos o primeiro em Porto Alegre e devemos adquirir mais três. Um ficará no Sul do Estado, outro na Fronteira Oeste e outro no Norte”, relata.
Boeira destacou a modelagem hidrodinâmica, que a licitação foi homologada nesta semana e em breve o contrato deverá ser assinado, assim como a aquisição de 130 estações hidro meteorológicas, com o objetivo de ter uma melhor capacidade de hidro monitoramento no Estado. Sobre os radares meteorológicos, ele afirmou que, após a impugnação do pregão eletrônico, alguns quesitos da licitação foram para apreciação do comitê científico que faz parte do Plano Rio Grande. “Assim que tivemos um retorno faremos uma análise do parecer para lançar o edital novamente”, garantiu
Boeira afirma que infelizmente os desastres são mais recorrentes e intensos e não há como evitá-los. “Com isto temos que investir em estruturas resilientes, na força de resposta. O governo está investindo pesado na rede de segurança pública são aeronaves, né aumento de efetivo equipamentos seja no corpo de bombeiros, seja na na brigada militar porque nós precisamos estar preparados”, completa. Segundo ele, a meta é capacitar os 497 municípios gaúchos para enfrentar este tipo de problema. “O grande protagonista do sistema de proteção e Defesa Civil, então nós estamos fazendo essa capacitação básica para no segundo semestre, trabalhar de forma mais direcionada dentro dos planos de contingências municipais que é um dos instrumentos da nossa política estadual de proteção e defesa civil”, conclui.
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