Sindicato organiza protesto por motoboy vítima de facada que foi detido pela BM

Sindicato organiza protesto por motoboy vítima de facada que foi detido pela BM

Encontro organizado pelo Sindicato dos Motoboys do RS aconteceu na Redenção e contou com a presença de políticos e entidades de classe

Correio do Povo

Com cartazes e bandeiras em mãos, centenas de manifestantes participaram da ação na Redenção

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Centenas de manifestantes participaram de um protesto em defesa do motoboy Everton Henrique Goandete da Silva e contra a abordagem realizada por policiais do 9° Batalhão da Brigada Militar. O ato aconteceu próximo à Redenção, na avenida José Bonifácio. No sábado, Everton foi esfaqueado no pescoço após discussão com um homem que reside em um apartamento no bairro Rio Branco e, ao acionar a BM, foi detido pelos policiais por suposto desacato e levado, junto ao agressor, para a delegacia.

De acordo com Luciane Gonchoroski, vice-presidente do Sindicato dos Motoboys (Sindimoto-RS), entidade que organizou o protesto, houve um crescimento da violência contra a classe nos últimos anos. “A nossa categoria sempre foi muito discriminada. Mas a gente nota que a intolerância aumentou e está presente em todos os momentos da nossa atividade. O nosso jurídico já tomou todas as providências e vamos cobrar algumas atitudes com relação à falta de preparo da Brigada Militar neste caso e quanto ao agressor. Não podemos tolerar isso de maneira nenhuma”, contou.

O protesto contou com a participação de políticos, entre deputados federais, estaduais e vereadores, além de entidades ligadas ao movimento negro e de classe. Entre eles, estava a deputada federal Reginete Bispo, que é relatora de um projeto que torna crime a prática de atos por agentes de segurança, públicos ou privados, com base em preconceito de qualquer natureza. Este projeto já deveria ter sido aprovado. Precisamos criar legislações que penalizem os agentes públicos, sobretudo as polícias, pois eles possuem o poder de vida e morte sobre as pessoas. Eles podem matar em nome do Estado. Isso precisa de regulação”, apontou.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895