Sinos baixa, e prefeito irá a Brasília em busca de recursos para famílias atingidas por ciclone

O nível do rio dos Sinos segue baixando desde o início desta semana, fazendo com que muitas pessoas deixassem os abrigos temporários montados em ginásios, escolas e associações, retornando para suas casas. Por volta das 7h desta quarta-feira, a régua de captação do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), em São Leopoldo, marcava 6,80 metros. 

Ainda na terça-feira, o prefeito Ary Vanazzi convocou uma reunião com o governo municipal para avaliar as ações realizadas no atendimento à população devido às fortes chuvas que atingiram a cidade causadas pela passagem do ciclone extratropical, e o histórico volume de mais de 246 mm de precipitação em menos de 18 horas.

No encontro, o prefeito anunciou que embarca nesta quarta-feira para Brasília, onde vai tratar com o governo federal da busca de recursos para as famílias das regiões atingidas pelas chuvas, afetadas de forma grave pelas inundações. Outro ponto importante é o diagnóstico das obras emergenciais que são necessárias para recuperar a infraestrutura da cidade. 

Vanazzi reforçou esta foi uma das maiores, senão a maior, tragédia climática da história de São Leopoldo. “Se não fossem nossas medidas rápidas de remoção de pessoas e nosso cuidado permanente com as casas de bombas, algo muito pior poderia ter ocorrido".

O prefeito disse que vai buscar recursos para a recuperação da infraestrutura da cidade. “Sempre tivemos um compromisso com a nossa população e continuaremos agindo firmes nas coordenadas e articulações. Queremos que os governos estadual e federal possam contribuir de maneira significativa nessa retomada da população mais atingida. Além disso, todas nossas equipes estão mobilizadas para seguir com as ações emergenciais de infraestrutura, assistência social, saúde, no atendimento da população”, afirmou Vanazzi. 

Também na terça-feira, representantes da prefeitura receberam o coordenador adjunto da Defesa Civil do Estado, o sargento Cássio Telechi Moro, para discutir sobre os procedimentos e auxiliar no processo inicial de calcular os prejuízos causados pela passagem do ciclone. O relatório é necessário para que o governo federal homologue o decreto de calamidade pública e estude o repasse de verbas necessário.

A prefeitura de São Leopoldo tem um prazo de dez dias, contado a partir do início do evento climático, ocorrido na sexta-feira, e vem agilizando os trabalhos para garantir o adequado levantamento dos danos. Uma força-tarefa foi definida para atuar nas regiões atingidas e verificar quantas casas foram danificadas e qual o valor aproximado das perdas. Também será feita uma avaliação dos danos em prédios públicos.