Volume do Guaíba preocupa moradores da região do Arquipélago, em Porto Alegre

Volume do Guaíba preocupa moradores da região do Arquipélago, em Porto Alegre

O número de abrigados na região do Arquipélago subiu para 28

Paula Maia

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A instabilidade segue em Porto Alegre e região metropolitana. A manhã deste domingo foi marcada por chuva forte e trovoadas. De acordo com a Defesa Civil, o nível do Guaíba, às 8h, no Cais Mauá marcava 265 centímetros, sendo que a cota de alerta é 255 centímetros e a cota de inundação é 300 centímetros. Na Ilha da Pintada a situação tambem é de cheia. O nível do Guaíba marcava 236 centímetros, sendo que a cota de alerta é 200 centímetros e a de inundação 220 centímetros. 

Com essa realidade, o número de abrigados na região do Arquipélago subiu para 28. São 15 pessoas na Ilha da Pintada, sete adultos e oito crianças, e 13 na Ilha dos Marinheiros, sendo seis adultos e sete crianças.

A ponta da Ilha da Pintada está inacessível para veículos pequenos. Mas a Defesa Civil informou que não houve nenhum chamado até as 10h. O órgão mantém as rondas no Arquipélago.

De acordo com os moradores da rua Presidente Vargas, na Ilha da Pintada, a água na via começou a subir perto das 6h e está aumentando cada vez mais. 

Mauro Santos é morador da Ilha há 66 anos e está preocupado com a previsão do tempo que prevê ainda mais chuva. Ele explicou que, depois da enchente de 2015, levantou a sua casa e aterrou o pátio para evitar maiores problemas com os alagamentos, mas mesmo assim fica apreensivo quanto ao volume de chuva.

"Até agora está tranquilo, temos que esperar essa chuva parar", falou.

A situação do limite entre a Ilha da Pintada e Eldorado do Sul também está crítica. Fábio Leal, coordenador da Defesa Civil no bairro Picada, em Eldorado do Sul, explicou que existem três pontos críticos no bairro. A rua Marinho Poeta, com uma extensão de mais de um quilômetro alagado; a rua do Retorno; e o acesso para a cidade que fica entre as pontes, que está totalmente inacessível. 

De acordo com Leal, existem projetos para o aumento dos níveis das ruas no bairro Picada. "Assim que essa água baixar já vamos iniciar os estudos e ver as viabilidades",garantiu. O coordenador ainda informou que cerca de 50 pessoas estão no abrigo localizado no centro.


Correio do Povo
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