O que esperar de 2024 em cinco áreas decisivas
Projeto especial do Correio do Povo reuniu jovens estudantes de escolas públicas e privadas para pensar o futuro sob a ótica do meio ambiente e mudanças climáticas, cidades, esportes, conflitos globais e da tecnologia e inovação
publicidade
O protagonismo do estudante foi colocado em prática no projeto “2024, o futuro que queremos construir”, do Correio do Povo, para esta edição especial de Natal, que traz perspectivas para 2024. Assim, para pensar o novo ano de uma forma diferente, com mais esperança, mas sem perder o olhar crítico, foram convidados 18 jovens, de cinco escolas públicas e privadas de Porto Alegre e da Região Metropolitana, para um sábado de diálogo, reflexão e confraternização com produção cognitiva.
A atividade envolveu estudantes de 11 a 18 anos, de séries finais do Ensino Fundamental (EF) até o Ensino Médio (EM). Na ação, em grande e pequenos grupos, os alunos se conheceram durante a tarefa. Em encontro informal, mas planejado para a produção jornalística, a familiaridade com atividades escolares só ajudou a impulsionar o trabalho, em que o ritmo das ideias correu solto e entusiasmado.
A dinâmica
Com poucas regras – como respeito a ideias e idades diferentes, incentivo à participação, inclusão ou apoio aos colegas – as temáticas foram discutidas e os cenários prospectados em torno de cinco grandes temas que implicam a vida de todos e que, certamente, estarão presentes no próximo ano e nos seguintes: meio ambiente e clima, a vida na cidade, conflitos locais e globais, esporte, e tecnologia e inovação.
Para a tarefa, em grande grupo, estudantes e jornalistas participantes se apresentaram, e foi combinada a proposta. Depois, houve sorteio dos temas a serem discutidos mais especificamente em cinco grupos, compostos entre três e quatro escolares em cada. E a parte final, novamente em grande grupo, foi de apresentação dialogada e colaborativa de ideias necessárias a serem incluídas para os cinco temas propostos.
Cada grupo teve um jornalista coordenando a produção, que mobilizou todos os estudantes com muito engajamento e seriedade na tarefa. Em grande e pequenos grupos, se percebia muito diálogo, atenção e participação de cada jovem em relação aos temas.
Na apresentação final, para todos, foi interessante perceber a conexão com contextos sociais que cercam nossas vidas e o planeta. E, para orgulho de professores, alguns jovens ainda traziam e relatavam exemplos e práticas de escola – como ouvir versões divergentes de um fato, respeitar óticas diversas ou agregar conhecimentos que desconheciam e tiveram curiosidade em saber mais.
Também a integração de redes pública e privada deu muito certo! De uma escola pública de periferia, uma aluna, que participa de um jornal comunitário pela escola, lembrou dificuldades cotidianas com segurança e transporte na cidade. Um aluno de rede privada explicou que tratar desses temas é importante para “sair de uma bolha” que, por vezes, se encontram crianças com quem convive. E uma outra jovem lembrou um professor que leva para a sala de aula versões e argumentos de cada lado do atual conflito no Oriente Médio.
Já os jornalistas envolvidos, por vezes chamados de “professor” por alguns dos estudantes durante o projeto, tiveram, igualmente, uma experiência muito rica. O resultado foi a comprovação de que a educação é contínua e capaz de agregar saberes diversos. Além disso, pode, ainda, dar muito prazer, se for bem tratada. Boa leitura!
Veja Também
Escolas e alunos participantes
- Escola Municipal de Ensino Fundamental Grande Oriente do Rio Grande do Sul (Porto Alegre): Hiago Souza (9° ano/EF), Jullia Mudins (8° ano/EF), Nathalia Machado (9° ano/EF) e Maria Eduarda Rosa (7° ano/EF).
- Escola Estadual de Ensino Fundamental Professora Léa Rosa Cecchini Brum (Porto Alegre): Suelen Cunha dos Santos (6° ano/EF) e Steffane Cardoso da Costa Pereira (7° ano/EF).
- Colégio Marista Rosário (Porto Alegre): Fernanda Vargas (3° ano/EM), Gabriel Etges (3° ano/EM), Aimée Goulart (1° ano/EM) e Gustavo Farina (1° ano/EM).
- Colégio Farroupilha (Porto Alegre): Anita Sehn (1° ano/EM), Maria Eduarda Menezes (1° ano/EM), Lívia Simonaggio (9° ano/EF) e Pedro Azevedo Rodrigues (1° ano/EM).
- Escola Sesi de Ensino Médio Albino Marques Gomes (Gravataí): Isadora Urio Fernandes, Ana Carolina de Vargas Silveira e Geórgia Américo de Lima (todos do 3° ano/EM).
- Escola Sesi de Ensino Médio Heitor José Muller (Montenegro): Gabriela Ribeiro (3° ano/EM).