O que esperar do futebol e de outras áreas do esporte em 2024

O que esperar do futebol e de outras áreas do esporte em 2024

Projeto especial do Correio do Povo reuniu jovens estudantes de escolas públicas e privadas para pensar o futuro

Carlos Correa

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Estudantes projetam um ano com muitos eventos esportivos, mas nenhum que supere os Jogos Olímpicos de Paris-2024, onde a skatista brasileira Rayssa Leal surge como o grande nome do país em uma campanha recheada de medalhas. Além disso, a esperada chegada do italiano Carlo Ancelotti pode enfim recolocar a Seleção Brasileira nos eixos.

E, para além dos resultados, a expectativa é que os próximos meses tragam ainda a consciência de que o esporte também tem um papel social essencial na sociedade.

Nathalia, Geórgia e Lívia esperam bons resultados esportivos para os brasileiros em 2024, mas, mais que isso, que o esporte cumpra também sua função social | Foto: Ricardo Giusti

Não é novidade para ninguém o desequilíbrio da relação do brasileiro com as modalidades esportivas. Enquanto toda criança cresce ouvindo que “o Brasil é o país do futebol”, outras atividades como vôlei, atletismo ou ginástica, por exemplo, vivem momentos de alta aqui e acolá, sempre conectados a alguma conquista pontual. No que depender dos jovens que participaram da atividade proposta pelo Correio do Povo, no entanto, o ano de 2024 pode ser o começo de uma balança mais equilibrada.

Mais do que apenas compartilhar os desejos do que nos espera no próximo ano no mundo esportivo, as estudantes mostraram que acompanham de perto as páginas esportivas e entendem o esporte também na sua função social. “De nada adianta ter um ótimo projeto na orla do Guaíba se as pessoas beneficiadas por esse tipo de iniciativa não tiverem como chegar lá, por exemplo”, observa Geórgia Américo de Lima, de 17 anos, aluna do 3º ano do ensino médio na Escola SESI de Ensino Médio Albino Marques Gomes, de Gravataí.

Junto dela, Lívia Simonaggio, 14 anos, do 9º ano do ensino fundamental no Colégio Farroupilha, e Nathalia Machado, 15 anos, do 9º ano do ensino fundamental da Escola Grande Oriente do Rio Grande do Sul, dividiram quais seriam as manchetes que mais gostariam de ler nas páginas de 2024.

A começar pelo futebol. Em um 2024 ideal, as jovens torcem pela chegada de Carlo Ancelotti à Seleção Brasileira e, já sob o comando dele, que o título da Copa América venha, desbancando a recente ascensão da Argentina. No feminino, a torcida é para que a geração pós-Marta embale de vez e tenha lugar assegurado no pódio olímpico. Mas mais do que isso, que tenha mais reconhecimento. “A gente sabe que, comparado com os esportes majoritariamente masculinos, o espaço ainda é muito menor”, observa Geórgia.

A Olimpíada também mereceu bastante atenção. Aliás, pensando a capa ideal, nem Neymar e nem outro astro do futebol. A estrela tem nome e sobrenome: Rayssa Leal. A skatista de 15 anos é a aposta para comandar um grande desempenho do Brasil nos Jogos de Paris-2024. “Imaginamos ela trazendo a medalha para o Brasil e promovendo esse esporte que está crescendo cada vez mais”, diz Lívia.

Por fim, mas tão importante quanto, a necessidade de que o esporte seja pensado muito mais do que apenas pelo seu viés competitivo, mas sim também no âmbito social. Neste sentido, uma urgente igualdade entre homens e mulheres nas premiações e uma valorização ainda maior dos atletas paralímpicos. Afinal, também é ano de Paralimpíada.

| Foto: Ricardo Giusti

Eu espero que o Brasil se saia ‘super’ bem nos Jogos Olímpicos de Paris, no próximo ano.

Nathalia Machado, 15 anos, EMEF Grande Oriente do RS

| Foto: Ricardo Giusti

O esporte não é um mundo à parte. Tudo o que acontece no mundo real se reflete nos campos, nas arenas, nos estádios.

Geórgia Américo de Lima, 17 anos, Escola Sesi de Gravataí

| Foto: Ricardo Giusti

No nosso mundo ideal, a grande influência que os esportes têm poderia ser levada para outras áreas. Aproveitar essa divulgação toda e levar para o campo social.

Lívia Simonaggio, 14 anos, Colégio Farroupilha

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