A seis dias da votação, Operação Eleições tem início em todo o Brasil

A seis dias da votação, Operação Eleições tem início em todo o Brasil

Ação integrada entre forças de segurança em todos os estados tem o objetivo de combater crimes eleitorais até o 1º turno

R7

Carro é lançado sobre espelho d'água do Ministério da Justiça

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O Ministério da Justiça ativou nesta segunda-feira o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional no Distrito Federal para coibir crimes e desvios eleitorais até o dia da votação do primeiro turno, que ocorre neste domingo em todo o país. O Centro vai reunir e monitorar as ocorrências durante o pleito

O coordenador-geral do Centro, Julian Rocha, explica que a medida pretende reforçar a segurança em áreas de interesse operacional no dia das eleições. Entre eles, Rocha enumera os cartórios eleitorais, locais de votação, locais de apuração, vias públicas, estações de metrô e paradas de ônibus.

"Estamos proporcionando segurança para que as pessoas possam exercer seu direito ao sufrágio", afirmou Rocha. A ação mira ocorrências de boca de urna, transporte ilegal de eleitores, compras de votos, manifestações e protestos, bloqueio de vias públicas, brigas, ameaças, atentados, alagamentos e quedas de energia, por exemplo.

A ação integra a Operação Eleições 2022, que será acompanhada por outros órgãos, como o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministério da Defesa, polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária, além do Corpo de Bombeiros, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e secretarias de Segurança e Defesa Civil.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que o plano de segurança para o período eleitoral está em elaboração e envolve tratativas com outros órgãos, entre eles Câmara dos Deputados, Senado, Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

A PRF, por sua vez, disse que vai monitorar estradas e rodovias com câmeras, rádios e telefones. Além disso, as denúncias recebidas pelo 191 serão atendidas diretamente por um policial, e não pelo interlocutor digital. A intenção é agilizar a resolução das demandas. 

No dia das eleições, o Ministério da Justiça vai divulgar balanços periódicos da fiscalização.

Nas eleições municipais de 2020, 2,7 mil pessoas foram presas e 35 menores, apreendidos. Ao todo, houve 94,3 mil apreensões: 93,7 mil de material de campanha irregular; 394 de veículos e 111 de armas. A desinformação também foi motivo de 8,9 mil ocorrências: 92% delas se referiam a disparos de mensagens em massa.

Já os crimes eleitorais somaram 4,6 mil de boca de urna a compra de votos. Outros 172 foram relativos a crimes contra a vida, como ameaças, homicídios e lesão corporal.


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