"Deixo em aberto. Não é prioridade", diz Bolsonaro sobre aumentar número de ministros do STF

"Deixo em aberto. Não é prioridade", diz Bolsonaro sobre aumentar número de ministros do STF

Presidente diz acreditar na vitória dele no segundo turno, assim como nas de Tarcísio em SP, Jorginho em SC e Onyx no RS

R7

Presidente teve conversa com jornalistas

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"Deixo em aberto. Não é prioridade", disse o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) sobre a proposta de aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente conversou com jornalistas na noite deste domingo, no Palácio da Alvorada, em Brasília. Bolsonaro disse ainda que acredita na sua vitória no segundo turno das eleições, marcado para 30 de outubro. Ele também relatou que está confiante na eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, de Onyx Lorenzoni (PL) no Rio Grande do Sul e de Jorginho Mello (PL) em Santa Catarina.

Sobre as recentes críticas ao Poder Judiciário, o presidente afirmou que pretende ter "uma boa conversa com a senhora Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal" e que acredita que o assunto vai ser "pacificado". "O Judiciário vai fazer o seu papel, obviamente mais irmanado conosco. Chega de problemas, de conflitos, de mostrar quem é mais importante que o outro", completou.

O presidente falou ainda sobre outras questões que quer discutir com os novos parlamentares do Congresso Nacional, que tomam posse em 1º de fevereiro de 2023. "Vamos também potencializar a regularizão fundiária", disse Bolsonaro. Segundo ele, isso vai "ser um freio enorme junto àquelas pessoas que ousam tratar o meio ambiente de forma criminosa". O chefe do Executivo federal disse que não foi possível tratar do assunto nos dois primeiros anos de seu governo por interferência do ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (à época no DEM, hoje no PSDB).

Urnas eletrônicas

A respeito das urnas eletrônicas, o presidente disse que o assunto está "inteiramente nas mãos do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira". Contudo, o presidente disse que "a desconfiança, a tentativa de aperfeiçoar, isso é bem vindo, venha de onde vier".

Sobre as transmissões ao vivo que faz frequentemente nas redes sociais, Bolsonaro lamentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir que sejam feitas no Palácio da Alvorada ou no Palácio do Planalto. "As lives estão sendo feitas na casa do capitão Cordeiro [ex-colega de Exército". O presidente da República, entretanto, reclamou do alto custo de deslocar "pelo menos dez carros" até lá. "Enquanto eu for presidente, minha casa é aqui", disse.

O presidente disse que "países da América do Sul" e "também os Estados Unidos" estão em contato com o Banco Central para implementar o Pix localmente. "O Pix é uma realidade, é uma coisa que veio realmente para ficar e para revolucionar. Da nossa parte não haverá qualquer taxação sobre o Pix", afirmou o presidente sobre a ferramenta de transferência eletrônica de dinheiro criada pelo Banco Central que se tornou a mais utilizada no Brasil.

Sobre a autonomia do Banco Central, o presidente disse que teve "a coragem de abrir mão de poder". "Muitos prometiam na campanha. [...] Nós enviamos o projeto ao Congresso", relembrou ele.


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