"Ela quer algo contra mim", diz Bolsonaro sobre Cármen Lúcia

"Ela quer algo contra mim", diz Bolsonaro sobre Cármen Lúcia

Chefe do Executivo lembrou que a magistrada mudou o voto em julgamento do ex-presidente Lula

R7

Bolsonaro criticou Carmen Lucia

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante transmissão ao vivo pelas redes sociais na noite desta quarta-feira (5). O chefe do Executivo federal fez as declarações ao comentar o inquérito contra ele que tramita na corte envolvendo acusações de corrupção no Ministério da Educação.

O presidente da República ressaltou que a magistrada mudou o voto durante julgamento na Segunda Turma envolvendo o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) foi declarado parcial. A decisão da corte anulou as ações.

Bolsonaro afirmou que a ministra tenta prejudicá-lo no inquérito que investiga se o presidente vazou informações sobre uma operação contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Ele foi acusado de negociar o envio de verbas da pasta para prefeituras em troca de propina. As investigações ainda estão em andamento.

"O que aconteceu com a nossa ministra Cármen Lúcia? Ela mudou o voto dela. E ela agora, tá na cara, ela quer algo contra mim. Faz de tudo para que o Lula seja presidente. Ela quer me investigar no caso do Ministério da Educação. Até o momento não tem nada dizendo que algum prefeito recebeu algum recurso. Se aparecer, paciência", afirmou Bolsonaro.

Procurada pelo R7, a assessoria do STF disse que, por enquanto, a ministra não vai comentar as declarações de Bolsonaro.

O chefe do Executivo também criticou o resultado das pesquisas eleitorais, que destoaram dos votos reais do primeiro turno das eleições. Nesta quarta-feira (5), o requerimento para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Institutos de Pesquisa alcançou o número de assinaturas suficiente para a criação do grupo.

Bolsonaro falou também sobre a campanha para o segundo turno. "Começou de novo. Aumentou a diferença. Recebi apoio do governador de Minas Gerais, Romeu Zema; do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Vamos receber amanhã [apoio do] de Goiás, Ronaldo Caiado", disse ele.


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