"Eu não sou o Pitta e Lula não é o Maluf", diz Dilma

"Eu não sou o Pitta e Lula não é o Maluf", diz Dilma

Pré-candidata do PT afirmou que tucano muda de posição conforme a plateia

AE

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A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse nesta terça que ela "não é o Pitta e o Lula não é o Maluf", em resposta à referência ao apoio do ex-governador Paulo Maluf na eleição do ex-prefeito da capital paulista Celso Pitta feita pelo pré-candidato do PSDB, José Serra, na semana passada. Em entrevista concedida para a Rádio Jornal, de Recife, a ex-ministra disse que o tucano "muda de posição dependendo da plateia" e defendeu os feitos do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

"Eu não sou o Pitta e Lula não é o Maluf", afirmou Dilma, ao ser questionada sobre a declaração de Serra. Ela, que já havia adotado um tom mais agressivo ao comparar o tucano a uma "biruta de aeroporto", criticou o ex-governador de São Paulo. Dilma disse que achou "muito estranho" os elogios da oposição ao governo. Segundo ela, ouvir elogios foi surpreendente "após oito anos de críticas contundentes" da oposição.

A pré-candidata à Presidência também explicou a declaração sobre Serra parecer uma "biruta de aeroporto". Ela disse ter feito o comentário porque considerou que o tucano "muda de posição dependendo da plateia" e isso é "típico de uma biruta de aeroporto". "Ela age com o vento, se muda pro lado, ela vai", afirmou.

Dilma disse que não se esquecerá de que a oposição chamou "o Bolsa Família de Bolsa Esmola". Para ela, os adversários do governo não percebem que o programa de transferência de renda é "uma das nossas maiores armas na luta contra a miséria".

Sem-terra

Questionada sobre como irá se relacionar com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e os movimentos agrários após uma eventual vitória nas eleições, Dilma afirmou que não considera "cabível" vestir o boné do movimento, como fez o presidente Lula em diversas ocasiões, porque "governo é governo e movimento é movimento". Porém, a pré-candidata afirmou ser contra a repressão aos movimentos sociais quando eles fazem "manifestações pacíficas".

Correio do Povo
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