Leite diz que divergências programáticas inviabilizam aliança com PT no RS

Leite diz que divergências programáticas inviabilizam aliança com PT no RS

Ex-governador voltou a afirmar que posição quanto ao segundo turno presidencial será dada em "momento oportuno"

Felipe Nabinger

Eduardo Leite é recebido por Mario Bruck, presidente do PSB, na sede do partido.

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A diferença programática foi apontada pelo candidato à reeleição no RS, Eduardo Leite (PSDB) como um impeditivo a uma aliança com o PT. Embora afirme que sempre haverá diálogo, ele frisou que a conversa tem que ser "duas partes, se não é monólogo". 

Dentro da diferença apontada, Leite também falou sobre não poder se "exigir que mude programaticamente a agenda de uma candidatura". Lideranças do PT chegaram a sinalizar um apoio caso Leite se comprometesse com a alteração de alguns pontos, como o que se refere às privatizações.

O ex-governador voltou a dizer que não procura o apoio formal do partido. "É natural que haja conversas de lideranças com candidatos que não apoiam a candidatura do nosso adversário", afirmou, no entanto, em ato que oficializou o apoio do PSB, coligado nacionamente com o PT. 

Posicionamento no cenário nacional

Questionado sobre as eleições presidenciais, e se acreditava se algum dos candidatos colocava em risco a democracia, o candidato foi evasivo, afirmando que focaria em falar sobre sua forma de fazer política. "O posicionamento sobre a questão nacional será apresentada em momento oportuno após análises que estamos fazendo deste cenário", falou, sem fazer acenos nem a Jair Bolsonaro (PL), nem Lula (PT).  

Leite disse ainda que manterá o respeito, não havendo ataque a opositores, em um eventual segundo governo. "Nós nunca diferimos um município por conta do partido de um prefeito. Nunca deixamos de receber um deputado contrário ao governo, por maior que seja a divergência", afirmou.

 

 


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