Manifestantes seguem bloqueando vias em Porto Alegre mesmo após orientações da Brigada Militar

Manifestantes seguem bloqueando vias em Porto Alegre mesmo após orientações da Brigada Militar

Efetivo policial esteve no local e pediu para que os protestos dispersassem

Correio do Povo

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Manifestantes seguem bloqueando vias públicas no Centro Histórico de Porto Alegre no começo da madrugada deste sábado. A Brigada Militar (BM) e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) começaram uma operação para desbloqueio do entorno do Comando Militar do Sul (CMS), no Centro Histórico. No entanto, muitas pessoas permanecem acampadas na Avenida Padre Tomé, junto ao cruzamento da Rua Sete de Setembro. 

Foto: Fabiano do Amaral

O prazo inicial para a dispersão era meia-noite. Entretanto, o grupo continuou no espaço após o horário determinado. Conforme a  EPTC,  as forças táticas da BM devem intervir apenas a partir das 5h30min. Os apoiadores de Jair Bolsonaro estão no local desde o anúncio do resultado das eleições presidenciais. Entre as pautas, os manifestantes pedem intervenção das Forças Armadas e alegam suposta fraude no processo eleitoral. No acampamento,  muitos fazem churrasco, cozinham e seguem pernoitando para não sair da concentração.   

"Ficaremos quantos dias forem necessários até as Forças Armadas sentirem o clamor do povo", disse Charles da Luz, comerciante. Ele soma onze dias acampado no local. De acordo com o aposentado Hércules Aléssio, o grupo espera maior adesão no final de semana. "Projetamos uma grande adesão. E no feriado, será um recorde, pois está tendo convocação no Brasil todo", explicou, ressaltando que a comunicação entre os apoiadores acontece por grupos de whatsapp, que, segundo ele, ultrapassam dos 100 com grande maioria com lotação máxima. 

Foto: Fabiano do Amaral

Mais cedo, o Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendação ao município para que efetue o desbloqueio das vias e apresente um relatório das ações em 24 horas. As forças policias buscam cumprir ordem emitida mais cedo pelo ministro Alexandre de Moraes, para que as forças estaduais de segurança, em todo o país, desobstruam vias bloqueadas por pessoas descontentes com o resultado das eleições.

 


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