Renúncia de Fogaça abre discussão entre PT e PMDB

Renúncia de Fogaça abre discussão entre PT e PMDB

Vereadores de situação e oposição se revezaram na tribuna para defender e criticar postura do prefeito

Carlos Rollsing / Correio do Povo

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O presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Nelcir Tessaro (PTB), precisou de apenas dois minutos da sessão legislativa durante a tarde para fazer a leitura da carta de renúncia do prefeito José Fogaça (PMDB), que deixa o comando do Paço Municipal às 12h de hoje para concorrer ao Palácio Piratini.

Terminada a formalidade, os vereadores de situação e de oposição se revezaram na tribuna para defender e criticar a postura de Fogaça. As lideranças do PT, PSB e PSol repudiaram a renúncia, lembraram que o peemedebista foi eleito para cumprir quatro anos de mandato.

O PT reuniu as executivas municipal e estadual pela manhã, em encontro ordinário, para definir o tom do discurso. O partido distribuiu nota na sessão de ontem contestando a saída antecipada de Fogaça. Além disso, os petistas já prepararam a tréplica para quando os peemedebistas acusarem Tarso Genro (PT), também candidato ao Piratini, de ter renunciado à prefeitura em 2002 para disputar o governo estadual.

“O Tarso já reconheceu publicamente que foi um equívoco ter saído da prefeitura. Nós já pagamos por isso. Agora, o erro é do Fogaça e ele deverá ser julgado pela população”, afirmou o vereador Carlos Comasseto (PT), líder da oposição.

Coube ao líder do governo no Legislativo, Valter Nagelstein (PMDB), a defesa mais contundente de Fogaça. “O PT tem um argumento fraco. O Tarso rompeu a linha sucessória que existia no PT para eleger-se prefeito pela segunda vez, depois renunciou e disputou uma prévia com o Olívio (Dutra) por conta de um projeto pessoal para chegar ao governo do Estado”, disse.

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