Senador protocola pedido de CPI sobre pesquisas eleitorais

Senador protocola pedido de CPI sobre pesquisas eleitorais

Solicitação ocorre após diferença entre resultado das urnas e números das pesquisas divulgadas antes do 1º turno

R7

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O senador Marcos do Val (Podemos-ES) protocolou nesta terça-feira (4) requerimento de instalação de CPI para apurar os sistemas das pesquisas eleitorais de intenção de voto pelas principais empresas e institutos do país. Segundo o senador, o objetivo da comissão será aferir as causas das discrepâncias entre os resultados das pesquisas e os das urnas, observadas em 2 de outubro. 

Na justificativa do documento, Marcos do Val afirma que, além das variações entre os realizadores das pesquisas, "constata-se inaceitáveis desvios de balizamento de preferências e percentuais dos diversos candidatos, mesmo em aferições de véspera dos pleitos". O texto cita ainda  os impactos dessas pesquisas na formação do cenário político-eleitoral e na formação da decisão de voto pelo eleitor. 

O senador afirma ainda que "é urgente uma investigação técnico-científica isenta, profunda e abrangente de todos os elementos incidentes nessas pesquisas, com ênfase nos elementos sociológicos, matemáticos, demográficos e também político-partidários envolvidos."

Pesquisas x realidade

Durante a campanha eleitoral, os principais institutos de pesquisa anunciaram resultados diferentes na disputa presidencial do que os verificados nas urnas de votação. O Datafolha e o Ipec davam menos de 40% de índice de votos para Jair Bolsonaro (PL), que teve 43,2% ao fim da apuração. Ao mesmo tempo, os dois institutos também apontavam possibilidade de vitória no primeiro turno de Lula (PT), o que não ocorreu.

Também houve uma grande disparidade na votação para governador em São Paulo. Durante toda a corrida eleitoral, Fernando Haddad (PT) sempre esteve à frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Tanto o Ipec quanto o Datafolha davam 41% a 39% a favor do candidato petista. No entando, ao fim da apuração, Tarcísio chegou em vantagem em relação a Haddad, com 42,32%, contra 35,7% para o candidato do PT.


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