Pacheco vê decisão de Barroso como equivocada, mas garante instalação de "CPI da Covid"

Pacheco vê decisão de Barroso como equivocada, mas garante instalação de "CPI da Covid"

Presidente do Senado criticou determinação do STF pois crê que investigação pode se tornar uma antecipação de palanque político


R7

Barroso determinou instauração de processo nesta quinta-feira

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou, na noite desta quinta-feira, que decisão judicial é para ser cumprida e que a Casa vai instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar ações e omissões do governo federal no combate à pandemia da Covid-19.

O anúncio foi feito após a publicação de decisão monocrática do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, que determinou o procedimento ao presidente do Senado. A decisão liminar de Barroso foi dada em resposta a mandado de segurança apresentado pelos senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Pacheco afirmou que vai cumprir a decisão, mas que considerado a determinação "equivocada" e que invoca precedentes inadequados. Para ele, a CPI pode gerar instabilidade política no Brasil, principalmente para contratar vacina e insumos. "Nós temos que apurar todos os malfeitos, essa apuração tem que ser feita, mas não era o momento. Mas respeito decisão judicial, decisão judicial se cumpre."

O presidente do Senado disse que, desde que assumiu o comando do Legislativo, buscou fazer um enfrentamento da pandemia pautado pela pacificação, união e coordenação, procurando a todo momento a estabilidade política. Para Pacheco, a CPI poderá se tornar "palanque político para 2022". 

"A CPI de pandemia vai ser um ponto fora da curva. E, para além de um ponto fora da curva, vai ser o coroamento do insucesso. Como se pode apurar o passado se não definimos o futuro?", afirmou.

O presidente do Senado criticou a decisão do STF ao avaliar que a CPI poderá expor os senadores ao risco de serem contaminados pela Covid-19, uma vez que precisa ocorrer de forma presencial, e tem ainda condições de se tornar uma antecipação do palanque político para as eleições de 2022.


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