Agrishow aposta num bom desempenho do setor de máquinas agrícolas
Feira de tecnologia agrícola acontece em São Paulo até sexta-feira
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"O atual Plano Safra tem recursos suficientes em todas as linhas", afirmou o vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Francisco Matturro. Por isso, segundo o dirigente, a orientação é para que os produtores façam suas aquisições até o dia 17 de junho, que é a última data para protocolo no BNDES. Além do volume de recursos, o setor considera que a taxa de juros, de 7,.5% ao ano, ainda é atrativo, uma vez que está abaixo da taxa Selic, que hoje é de 14,25%. Para o próximo Plano Safra, que segundo o Ministério da Agricultura já está concluído, as condições ainda são incertas.
Segundo o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, a venda de máquinas agrícolas ainda tem potencial para crescer, mesmo após dois anos consecutivos de queda para o setor. Isso porque há uma estimativa de que pelo menos 30% das máquinas em atividade no campo tenham mais de 20 anos de uso. "A modernização poderia levar a um ganho de 10% em produção, sem aumentar um hectare a mais", observou.
Lideranças do setor agrícola demonstraram cautela ao falar sobre o momento político do país. O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gustavo Junqueira, disse que "o agronegócio hoje no Brasil é maior do que o governo" e que não espera grandes mudanças para o próximo Plano Safra. O presidente da Agrishow e da Faesp, Fábio Meirelles, destacou que o setor agropecuário tem demonstrado "forte consolidação", com ganhos em qualidade e técnica.