Rural

Azeite de Oliva: instituto alerta para prejuízos por operação-padrão em aduanas

Entidade emitiu nota afirmando que movimento de auditores fiscais ameaça o envio de amostras de azeite para concursos no exterior

Setor temer que burocracia poderá provocar atraso na liberação de amostras sem valor comercial, destinadas à participação do país em premiações no exterior
Setor temer que burocracia poderá provocar atraso na liberação de amostras sem valor comercial, destinadas à participação do país em premiações no exterior Foto : May Tomas / Embrapa / Especial / CP

Anunciada pelos auditores fiscais da Receita Federal na última quinta-feira, 24, a operação-padrão em despachos aduaneiros, em pontos de fronteira de norte a sul no país, causa prejuízos à olivicultura brasileira. O alerta é do presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes.

O instituto emitiu, na sexta-feira, 25, nota sobre a operação que prevê a verificação de 100% das mercadorias em dois dias da semana, durante as próximas duas semanas. O objetivo dos auditores fiscais é pressionar o governo para concessão de reajuste do vencimento básico da categoria.

De acordo com Fernandes, o procedimento poderá causar congestionamentos e atrasos na liberação de cargas.

“A burocracia imposta compromete não apenas a imagem do Brasil no exterior, mas também desestimula produtores que investem em qualidade, inovação e na construção de uma identidade sólida para o azeite brasileiro”, diz a nota do Ibraoliva.

O diretor da Estância das Oliveiras, Rafael Goesler afirma que, em iniciativa anterior, caixas de amostras chegavam a ficar até 20 dias paradas em Guarulhos (SP), apesar de estarem identificadas como sendo produtos sem venda comercial e que estavam sendo submetidas a premiações.

“Perdemos três premiações internacionais em diferentes países”, relatou Goesler, complementando que o prazo normal seria de, no máximo, 10 dias.

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