Colheita de cítricos é antecipada no Rio Grande do Sul

Colheita de cítricos é antecipada no Rio Grande do Sul

Inverno atípico, com chuvas irregulares e temperaturas altas, forçou medida, segundo Emater

Correio do Povo

Colheita de cítricos é antecipada no Rio Grande do Sul

publicidade

O inverno atípico, com chuvas irregulares e temperaturas altas, forçou a antecipação da colheita de cítricos no Rio Grande do Sul e pode causar depreciação no valor pago ao produtor. O problema principal, segundo o assistente técnico regional de Fruticultura da Emater, Derli Bonine, é a ação de duas pragas que se proliferaram com o calor: a pinta-preta e a mosca-das-frutas. “Para evitar que os pomares sejam atacados pelas duas doenças, o produtor está fazendo a colheita mais cedo e deixando de ganhar num período em que a oferta de frutas seria menor e o preço melhor, nos últimos meses do ano”, diz Bonine.

Nas bergamoteiras, a principal doença é a pinta-preta, que mancha a casca das frutas, inutilizando-as para o comércio. O tipo mais atingido é a bergamota montenegrina, a que é colhida mais tarde no Vale do Caí. Entre as laranjas, o problema é com a mosca-das-frutas, que causa deterioração e queda das frutas. O preço médio da bergamota, aponta o técnico, é de R$ 26 a caixa de 25 quilos. Para a laranja da variedade valência o preço está em R$ 14 a caixa. Na maior parte dos pomares do Vale do Caí, a colheita já atinge entre 90 a 95%, contabiliza a Emater.

Derli Bonine também alerta que as temperaturas altas registradas no inverno já consolidaram prejuízos à fruticultura na safra 2017/2018. Itens como a maçã, o pêssego e a uva terão decréscimo na qualidade e produtividade pela falta de frio, necessário para seus ciclos de brotação e floração. “Ainda é cedo para apontar quanto a safra de frutas no Estado será menor, mas com certeza não será igual à de 2016/2017, que se beneficiou de um inverno excelente no ano passado”, acrescenta.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895