Colheita do arroz oficialmente aberta com a expectativa de produção de 7,5 milhões de toneladas

Colheita do arroz oficialmente aberta com a expectativa de produção de 7,5 milhões de toneladas

Ato teve a presença do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão

Nereida Vergara

Mourão, ao centro, afirmou em seu discurso que o Brasil é "potência" no agronegócio e na questão ambiental

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A colheita do arroz no Rio Grande do Sul foi aberta oficialmente, nesta quinta-feira, na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão. A expectativa de  produção para a safra 2020/2021, segundo o presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado (Federarroz), Alexandre Velho, é de cerca de 7,5 milhões de toneladas, com preços que deverão se manter na faixa dos R$ 80,00 a saca de 50 quilos. O dirigente lembrou durante o ato que 70% do arroz produzido no Brasil é gaúcho e que este volume tem papel determinante para a segurança alimentar do país e de outros mercados do mundo.

Em razão do temporal que se abateu na quarta-feira sobre a Estação Experimental, sede da 31ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas desde a terça-feira, dia 9, a cerimônia de abertura teve de ser adaptada. Tradicionalmente, as autoridades embarcam nas colheitadeiras para entrar na lavoura, o que não ocorreu desta vez devido aos 85 milímetros de chuva que caíram no local, deixando o solo encharcado e propenso ao atolamento das máquinas. As colheitadeiras foram colocadas apenas para fazer a descarga de grãos e a foto oficial com a presença das autoridades, entre elas o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. De acordo com Velho, um contingente de 50 homens do Exército auxiliou na limpeza e reorganização dos espaços do evento depois da tempestade, que foi acompanhada de ventos de mais de 100 quilômetros por hora.

O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, chamou a atenção para o fato de que o Estado, depois de uma estiagem que diminuiu em 40% a produção de grãos na safra passada, neste ciclo colherá 73% mais, injetando na economia gaúcha cerca de R$ 70 bilhões. "O Estado nunca terá visto tanto dinheiro trazido pelo agronegócio, e isso é mérito nosso, produtores e produtoras", disse.

Encerrando a cerimônia, o vice-presidente, Hamilton Mourão, destacou o empenho do governo federal em atender as demandas do agronegócio no Brasil, com seguro e capital para custeio e investimento das atividades no campo. Garantiu ainda que o país não é só uma "potência" no agronegócio, mas também na área ambiental.

 


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