Entidades veem alternativas aos cortes de crédito do BNDES

Entidades veem alternativas aos cortes de crédito do BNDES

Entidades admitem preocupação, mas dizem que linhas suspensas podem ser substituídas por outros bancos

Nereida Vergara

publicidade

Embora se mostrem preocupadas, as entidades agropecuárias gaúchas entendem que a suspensão das operações do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor (Prodecoop) e do Programa para a Construção e Ampliação de Armazéns (PCA),  pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),  tem impacto relativo para o setor.

O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, explica que os recursos previstos  dentro do Plano Safra 2021/2022, de R$ 1,65 bilhão para o Prodecoop e R$ 4,12 bilhões para o PCA, não estão em sua totalidade dentro do BNDES. “Agora elas também são operadas por outros bancos  e o produtor pode encontrar dinheiro para investimento”, comenta.

O presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (Acergs), Roges Pagnussat, diz que o montante destinado ao PCA, semelhante ao do Plano Safra 2020/2021, está fadado a acabar mais cedo, uma vez que os custos para a construção de um armazém praticamente dobraram. 

Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), acredita que o possível esgotamento de recursos do Moderfrota (linha específica para equipamentos agrícolas) dentro do BNDES não deve prejudicar a comercialização das máquinas. Ele lembra que existem linhas de crédito para o setor em outros bancos oficiais e privados, com taxas iguais às do Plano Safra.

Articulada com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro) pretende encaminhar ao Ministério da Agricultura um pedido de crédito suplementar para os dois programas.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895