Acessibilidade do parque ainda se mantém como desafio para próximas edições da Expointer
Cadeirantes reclamam de desníveis das calçadas e buracos, enquanto organização promete rever situações
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Edinilson Lopes Vieira, de 53 anos, não visitava a Expointer desde 1994. O que o fez parar de frequentar a feira foi o agravamento de sua doença degenerativa, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A enfermidade afeta o sistema nervoso e dificulta os movimentos. Neste ano, Nicolas, seu filho, decidiu levar o pai para matar a saudade da exposição.
Edinilson utiliza uma cadeira de rodas para se locomover, o que se provou uma dificuldade pelas falhas na calçada e o chão irregular. “Como é uma feira grande, imaginei que haveria mais acessibilidade”, ponderou Nicolas. Grande parte das casas e estandes de marcas tem rampas de acesso. Entretanto, o caminho até essas rampas muitas vezes passa por buracos, o que mantém a dificuldade de locomoção.
Laciel e Jossana Silva levaram as três filhas para aproveitar a feira. Iasmin, de 2 anos, é cadeirante. Laciel conduziu a filha durante a tarde de sábado, e disse que apesar dos problemas, a família aproveitou o passeio. “O que mais incomodou foi entrar nas esferas, que não tem uma rampa. Como ela é leve, eu carreguei pela escada, mas podia ter uma rampa”, sugere o pai.
O subsecretário do Parque de Exposições Assis Brasil, José Arthur, explica que o local virou sede da Expointer em 1972, quando as questões relativas à acessibilidade ainda não eram muito debatidas. Garante, porém, mesmo sem divulgar um cronograma de obras, que a organização busca resolver esses problemas.