Artesanato pretende vender R$ 1 milhão nesta edição da Expointer

Artesanato pretende vender R$ 1 milhão nesta edição da Expointer

Participam da 39ª Expoargs, dentro do Parque Assis Brasil, 175 artesãos de 46 municípios gaúchos

Felipe Faleiro

Peças entalhadas na madeira são alguns dos itens comercializados nesta Expoargs

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Com 1.334 metros quadrados, o Pavilhão da Agricultura Familiar da 45ª Expointer abriga a 39ª Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs), local de encontro de muitos visitantes que buscam conhecer as novidades em materiais diversos e o talento em si dos artesãos. Ao todo, são 175 profissionais de 46 municípios gaúchos, distribuídos em 118 estandes. O número é similar ao que havia em 2019, última edição da feira no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, antes da pandemia, e maior do que em 2021, quando havia restrições, quando havia 108 artesãos em 80 estandes.

Quem visita o local se depara com artigos de cutelaria, selaria e decoração, entre muitos outros, com os mais variados materiais, a exemplo de couro, tecido, biscuit, porongo, madeira, metal, e o que mais a imaginação permitir. “São produtos diferenciados e muito diversos. Aqui na Expointer, nosso foco é os produtos típicos regionais. Estamos muito animados, tivemos já um bom volume de vendas e circulação de clientes”, salienta a coordenadora do Programa Gaúcho de Artesanato, da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), responsável pela organização do local, Luciana Pess.

Segundo ela, esta edição da Expoargs pretende vender R$ 1 milhão. Nos três primeiros dias, já foram comercializados R$ 450 mil. A grande novidade do espaço neste ano é a realização de rodadas de negócios com os artesãos expositores, apoiado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RS (FCDL-RS). “Fizemos um trabalho com nossa equipe para poder aproximar o lojista com os artesãos. As rodadas presenciais podem ser feitas com horários marcados, mas também no nosso site”, diz o presidente da fundação, Marcos Lima. 

Elas ocorrem até a próxima sexta-feira, das 9h30 às 15h, no estande da FGTAS na Expoargs. Entre os próprios artesãos, o sentimento é de satisfação. O publicitário de formação Deny Barboza, de Pelotas, tirou há três meses sua carteira de artesão, pré-requisito para se inscrever à Expoargs. Ele fabrica itens de teca, uma variedade de madeira. “Não conhecia esta feira, fui indicado por outra pessoa. Fiz prova de seleção de habilidade e consegui estar”, afirma ele, que trabalha com a variedade há cerca de cinco anos, e era acompanhado da esposa, a veterinária Beatriz Kern.

Compradores de outros estados

O cuteleiro Alexandre Volland, de Esteio, participa da Expoargs desde 2011. Todos os anos, traz facas para venda, com destaque para aquelas feitas de aço damasco. “O único evento onde exponho é a Expoargs. Todos os anos, trago os itens e sempre vendo todo o estoque, com exceção de um ano em que voltei para casa com três”, diz ele. Fora da feira, ele revende sua produção para cinco outras marcas, e diz que a feira no Parque de Exposições Assis Brasil é boa, já que atrai compradores de estados como Rio de Janeiro e Mato Grosso.

As professoras Liane Silveira e Tamiris Nogueira, moradoras de Cachoeira do Sul, estavam visitando o pavilhão na manhã de terça-feira. Tamiris disse que estava apenas observando os itens, enquanto Liane buscava uma cuia. “É tudo muito bonito e bem organizado por aqui. Estou gostando de tudo”, disse Liane. Na entrada do pavilhão, também chama a atenção um espaço de convivência, onde os artesãos podem confeccionar produtos em tempo real, bem como nos próprios estandes. O local fica aberto até o final da Expointer, das 8h às 20h.


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