Aumento do pavilhão da Agricultura Familiar atrai consumidores na Expointer
Nos três primeiros dias de evento, comércio superou em 91% igual período do ano passado
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"Cada vez mais, o consumidor tem buscado um produto saudável. Dentro da feira, temos uma ilha só de orgânicos, pensando sempre no bem estar e no consumo", comentou o assessor de política agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Jocimar Rabaioli. Afirmou também que, somente no domingo, que teve clima favorável, já haviam sido comercializados R$ 496 mil, 96% a mais que 2017.
Entre as principais atrações da feira estão produtos que os consumidores já conhecem bem, como queijos, salames, panificados, sucos e outas bebidas. Segundo Rabaioli, porém, este ano os expositores trouxeram algumas novidades. Entre elas, destacam-se as compotas de beterraba, os banana chips e o queijo com chocolate e nozes. Este último foi desenvolvido pela Agroindústria Todo Dia, de Barros Cassal, exclusivamente para esta Expointer.
O produto é feito adicionando o chocolate e as nozes quando o queijo vai para as formas. Em seguida, a mistura vai para a prensa e para a câmara fria. "A gente fez, testou em casa, teve uma boa aceitação e trouxemos para a feira", explicou a produtora Marizete de Vargas, que participa da Expointer há quatro anos e afirma que, a cada edição, o número de vendas cresce.
Quem também elogiou o andamento da feira e a ampliação do espaço - com 7 mil metros quadrados, o pavilhão tem o dobro do tamanho do ano passado - foi Salete Arruda, responsável pela Coopec, de Garibaldi. Já há mais de cinco anos na Expointer, ela comercializa sucos e vinhos orgânicos. De acordo com a produtora, o aumento nas vendas se dá não só pelo crescimento do evento, mas também do interesse na agricultura familiar. "A população está vendo que não é só um alimento. Está contribuindo para o meio-ambiente", destacou.
Em sua primeira edição na Feira da Agricultura Familiar, o produtor Milton José Bazanella, de Colinas, trouxe para o evento 600 quilos de linguiça defumada, uma receita do alimento tradicional de sua região e que foi desenvolvida há cerca de 40 anos na família. Incentivado pela Emater, ele decidiu expor o produto e abrir mercado. "Para nós, é uma experiência espetacular. Vendemos bem já. De repente, não vamos ter produto que chegue até domingo", disse.