BRDE apresenta na Expointer novidades no apoio a projetos de inovação no agronegócio

BRDE apresenta na Expointer novidades no apoio a projetos de inovação no agronegócio

Foco do banco foi centralizado nas agrotechs

Correio do Povo

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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) realizou, ao longo dessa quarta-feira, uma programação específica durante a 45ª Expointer para apresentar as novidades no apoio a projetos de inovação no agronegócio. Com a presença de uma equipe da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), foram detalhadas linhas de financiamento e também as possibilidades de repasse direto para custear iniciativas inovadores através de recursos não-reembolsáveis. O BRDE é o maior repassador nacional de recursos da Finep.

“Pensar em desenvolvimento é pensar em inovação”, sintetizou o diretor de Planejamento e de Operações do BRDE, Otomar Vivian, ao abrir o painel sobre o tema no espaço do RS Innovation Agro. Novidade na Expointer deste ano, a arena voltada à inovação está ocorrendo na Casa da Febrac e tem o apoio do banco.

Apoio a Starups

Com maior foco em apoiar as agrotechs (startups do agronegócio), o encontro promovido pelo BRDE no RS Innnovation Agro contou com a participação do superintendente para Região Sul da Finep, Bruno Camargo, que elencou as possibilidades de financiamento e as chamas públicas de apoio.

Ele citou, em especial, um edital que se encontra disponível com disponibilidade de R$ 75 milhões (não-reembolsáveis), onde podem ser contemplados projetos de biodefensivos agrícolas e nutrição de plantas. O edital é destinado a projetos de comercialização de propriedade intelectual, o que exige que o projeto da startup tenha como parceiros instituições de pesquisa.

“Temos como premissa apoiar empresas de até médio porte e startups desde a concepção inicial do negócio, tendo como uns dos critérios que a ideia esteja o mais próximo possível da fronteira da inovação”, observou Camargo. O superintendente destacou que a Finep já soma cerca de R$ 1 bilhão em editais de chamada pública neste ano, com possibilidades de disponibilizar recursos entre R$ 1,5 milhão até R$ 5 milhões. 

Pilares da Inovação

Durante o painel no RS Innovation, o gerente de Planejamento, Alexander Leitzke, elencou as diferentes formas que o BRDE encontrou para incentivar o ecossistema de inovação. “Atuamos em quatro pilares e temos longo histórico de apoiar a inovação para todos os setores. Nossa equipe tem sempre a preocupação, inclusive, de ajudar na concepção do projeto”, relatou.

Além da oferta de crédito, o BRDE atua através como cotista dos fundos de investimentos, na aceleração de startups (programa BRDE Labs) e no apoio institucional aos ecossistemas. Leitzke destacou ainda a preocupação do banco na formação de futuros profissionais para atender a demanda do mercado, citando o projeto Dev The Devs que já na sua edição, agora atendendo alunos da rede pública dos três estados do Sul. O programa oferece cursos gratuitos para desenvolvedores de programas. O painel contou com a moderação do superintendente do BRDE no RS, Maurício Mocelin.

Ainda na parte da manhã, em outro momento organizado pelo BRDE para empresas de maior porte, o representante da Finep apresentou as opções de financiamento. Um dos destaques é a linha que o BRDE também opera para a chamada indústria 4.0. Como maior repassador nacional de recursos do Finep, o BRDE já acumula neste ano R$ 74,6 milhões em novos operações em favor da inovação.

O Bioma Pampa

O Bioma Pampa corresponde a uma área de 176,5 mil km² (cerca de 2% do território nacional) e é constituído principalmente por vegetação campestre. É conhecido também como campos do Sul ou campos sulinos. No Brasil, o Pampa está restrito ao Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho. Há também grandes extensões nos territórios da Argentina e do Uruguai.

Nos quatro países de atuação (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), a Alianza del Pastizal conta com mais de 40 organizações que compartilham sua visão, entre indústrias, sindicatos rurais, instituições de pesquisa e associações de produtores rurais. No Brasil, é mantida e coordenada pela SAVE, organização para a conservação das aves no território brasileiro.


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