Culturas e sotaques se misturam no Pavilhão Internacional da Expointer

Culturas e sotaques se misturam no Pavilhão Internacional da Expointer

Espaço tradicional na feira desde sua primeira edição em Esteio, nos anos 70, o pavilhão abrigou culturas de diversas regiões do planeta

Itamar Pelizzaro

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Caracterizado como o Deus Kokopelli, com penacho multicolorido e colete estilizado com bordados, o equatoriano Alberto Tuquerrez revezou duranteos dias da Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, melodias nas flautas andinas sampona, quena e Pan. Na calçada lateral ao Pavilhão Internacional da Expointer, a música de Tuquerrez deu as boas-vindas ao estande do Equador e atraiu os visitantes a conhecer mais profundamente a cultura andina. 

O estande do Equador se coloca na feira agropecuária já há muitos anos, com o objetivo de divulgar a arte e a cultura do país por meio de seus produtos, enquanto representações de outros países marcam presença institucional, apresentam produtos e serviços e buscam atualizar conhecimentos e fechar negócios.

Norma Faz Fonseca é responsável pelo estande do Equador. Ela tem presença garantida na Expointer há mais de 15 anos, oriunda de Otavalo, cidade turística referência na cultura do país, localizada a 110 quilômetros da capital Quito. No espaço, roupas e adereços típicos dos povos da região. “O que o pessoal mais procura aqui é o chapéu Panamá, que é original do Equador, mas que ganhou esse nome porque era muito usado pelos trabalhadores na construção do Canal do Panamá”, explica Norma. 

Norma, equatoriana de Otavalo, nas proximidades da capital do Equador, Quito, está presente à Expointer há 15 anos, vendendo produtos típicos e convidando a conhecer as cores de seu país | Foto: Maria Eduarda Fortes / CP.

Este ano, a área internacional da Expointer conta contou com estandes de Alemanha, Estados Unidos, Peru e Uruguai. No espaço da Alemanha, país que em 1974 presenteou o Rio Grande do Sul com as três esferas que hoje são o símbolo da Expointer, a Câmara Brasil-Alemanha apresentou programações e workshops diários. Discutiu temas de impacto no momento, no Brasil e no mundo, como os créditos de carbono no agro, produção e sustentabilidade. Também abordou tecnologias para valorização de digestato (material com características fertilizantes) e biofertilizantes. “Queremos mostrar a inovação da indústria de biogás e saneamento”, disse a assistente Rafaella Bonalume, da Vogelsang, empresa responsável pela apresentação.

O estande do Peru é outro que ofereceu ao público artesanatos típicos dos antepassados incas, das regiões Costa, Serra e Selva. Também presente, o vizinho Uruguai realizou ações por meio da Câmara Brasil-Uruguai, com delegações de instituições e empresas. Conforme o Uruguay XXI, instituto de investimentos, exportação e promoção da imagem do país, o Brasil é um dos principais parceiros comerciais. Para eles, participar da Expointer é uma chance para consolidar relações comerciais e explorar novas oportunidades. 
Nesta edição da Expointer, o Consulado Geral dos Estados Unidos inaugurou o estande fixo na Expointer. O país busca ter presença especial na feira para reafirmar a importância do Brasil e da região Sul como parceiro comercial importante do agronegócio. O estande fixo faz parte de uma estratégia conjunta entre o Rio Grande do Sul e os EUA para aprofundar relações bilaterais no âmbito comercial, econômico e ambiental. 


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