Federasul entrega prêmios Vencedores do Agronegócio e Elas no Agro na Expointer

Federasul entrega prêmios Vencedores do Agronegócio e Elas no Agro na Expointer

O ex-ministro da Agricultura Francisco Turra foi o palestrante do Tá na Mesa Especial

Correio do Povo

O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, saudou as pessoas e entidade que conquistaram o 11º Prêmio Vencedores do Agronegócio para quatro entidades e o 7º Prêmio Elas no Agro

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A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) promoveu, nesta quarta-feira, na Casa da Farsul no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, durante a 46ª Expointer, o 11º Prêmio Vencedores do Agronegócio, para quatro entidades, e o 7º Prêmio Elas no Agro. O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, abriu a cerimônia de entrega falando sobre a importância de premiar aqueles que ajudam a desenvolver e produzir riqueza com o “motor do desenvolvimento social, econômico e ambiental” que são o agronegócio e a agropecuária.

“É importantíssimo para a Federasul essa busca por excelência desses grandes talentos, que, apesar de todas as dificuldades e de todos os entraves de empreender no Brasil, e até no Rio Grande do Sul, que historicamente foi um estado hostil, conseguem se superar e hoje estão sendo reconhecidos. Meus cumprimentos pela vitória em uma disputa acirrada entre os concorrentes”, destacou o presidente.

Foram agraciados com os prêmios das cinco categorias as seguintes empresas: Raks Tecnologia Agrícola, de São Leopoldo, com a premiação Antes da Porteira, voltada à área de insumos necessários para suprir as necessidades do campo; Cervejaria Salva, de Bom Retiro do Sul, com o Dentro da Porteira, destinado para a área de produção e geração de valor da propriedade rural; Pilecco Nobre Alimentos, de Alegrete, com o Depois da Porteira, que engloba as áreas de armazenamento, distribuição e serviços associados ao agronegócio; a Granja Santo Antônio, de Encantado, com o ESG, destinado às práticas ambientais, sociais e de governança; e Ana Paula Ferigollo, de Frederico Westphalen, com o Elas no Agro, que destaca a liderança feminina pelo relevante trabalho no setor.

O presidente da Federasul ainda enfatizou que, neste momento em que o Estado sofre com as graves consequências sociais, econômicas e ambientais de três anos de estiagens consecutivas, em “uma terra com chuvas abundantes, mas mal distribuídas”, é preciso revisar a legislação que proíbe a reserva de água em barragens. Rodrigo Sousa Costa destacou ainda que a sequência de estiagens e a queda na produção de milho colocou em risco toda a agregação de valor das cadeias produtivas de frango, suínos, leite e ovos, com risco a agricultores familiares.

“Não é admissível que argumentos ideológicos impeçam o avanço da lei com ganhos ambientais e sociais. A estabilidade produtiva da irrigação tem o poder de preservar tanto a natureza  quanto as contas públicas do Estado e dos municípios, com potencial de expandir a arrecadação sustentável capaz de trazer soluções sociais e ambientais”, declarou.

O ex-ministro da Agricultura e presidente dos Conselhos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), Francisco Turra (foto acima), foi o palestrante do Tá na Mesa Especial, na Expointer. Turra palestrou sobre o tema Cadeira Produtiva da Proteína Animal: Desafios e Soluções.

Apesar de ter conquistado muitos mercados pelo mundo, Turra destacou a necessidade de o país assinar ainda mais acordos com países de todos os continentes para ampliar a exportação de proteínas animais. Para o ex-ministro, as dificuldades geradas pela pandemia da Covid-19 farão com que o planeta necessite de mais alimentos e o Brasil pode aumentar sua competitividade e ampliar o volume das exportações.

Para Turra, outra alternativa para aumentar o ganho dos produtores e superar a crise que atinge o setor de proteína animal é agregar valor aos produtos. “Nós não vamos ser grandes exportadores de automóveis, vamos ser exportadores de alimentos e, cada vez mais, temos que ter consciência que precisamos agregar valor. Uma coisa é exportar um saco de café in natura. Outra coisa é você vender a patente da Nespresso para a Alemanha, que tem a mesma receita que temos com todo o café. Se tivesse muito espaço, gostaria de pregar uma única coisa, descubram o que vocês podem agregar valor nos produtos da terra ou do seu resíduo. Transformem no país, coloquem um rótulo lindo e pesquisem, que isso gera riqueza”, concluiu.


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