Fetag mantém mobilização contra modificações na pensão por morte para agricultores familiares

Fetag mantém mobilização contra modificações na pensão por morte para agricultores familiares

Entidade debateu modificações na Reforma da Previdência com deputados da bancada gaúcha na Expointer

Luciamem Winck

Entidade debateu modificações na Reforma da Previdência com deputados da bancada gaúcha na Expointer

publicidade

A reforma da Previdência foi o principal ingrediente do café da manhã dos dirigentes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag) com parlamentares da bancada gaúcha no Congresso Nacional na Expointer nesta sexta-feira. Mesmo que no texto aprovado pela Câmara dos Deputados, os trabalhadores rurais não tenham perdido todos os seus principais direitos adquiridos ao longo dos anos, alguns pontos ainda preocupam as lideranças da agricultura familiar.

O mais preocupante envolve a redução do valor da pensão por morte para 50%, e mais 10% por dependente, se houver. “Esperamos que o Senado mantenha no mínimo o que a Câmara aprovou e que faça os ajustes necessários, de modo a evitar perdas financeiras aos agricultores familiares”, assinalou o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.

O dirigente ainda acrescentou que a assessoria técnica da entidade está à disposição para auxiliar nos ajustes que julgarem necessários. “E se for necessário iremos a Brasília fazer pressão a fim de evitar que o texto da reforma sofra alterações em prejuízo da agricultura familiar”, frisou.

Mesma posição tem o vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Alberto Broch. Segundo ele, é preciso negociar com o Senado dois pontos que ainda preocupam os rurais: a pensão por morte e o Benefício por Prestação Continuada. Lembrou, ainda, que no dia 11 de setembro, na Câmara dos Deputados ocorrerá o lançamento nacional da Década da Agricultura Familiar na região da América Latina e Caribe. “Esperamos em breve lançá-la na Assembleia Legislativa”, disse. 

O presidente da Fetag igualmente aproveitou o evento para pedir o apoio da bancada gaúcha, por meio de emendas parlamentares, para a construção do Centro de Capacitação e Comercialização da Agricultura Familiar, em área cedida pelo governo do Estado no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Para a execução da obra são necessários R$ 8 milhões. A intenção é que o empreendimento contemple salas de reuniões e alojamentos. “Vai funcionar o ano inteiro, com a oferta de cursos profissionalizantes para filhos de agricultores familiares. A ideia é dar vida a este parque”, frisou.

Ex-presidente da Fetag, o deputado federal Heitor Schuch (PSB) lembrou que a agricultura familiar participou pela primeira vez da Expointer em 1999. “Ficamos instalados sob uma lona preta e enfrentamos um forte temporal. Hoje a realidade é outra”, recordou. Além de Schuch, o senador Luiz Carlos Heinze (PP) e os deputados federais Dionilso Marcon (PT), Afonso Motta (PP), Elvino Bohn Gass (PT), Afonso Hamm (PP), Jerônimo Goergen (PP) e Giovani Cherini (PR) prestigiaram o evento.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895