Presidentes na Expointer: Presença rotineira que virou eventual
Líderes militares e presidentes eleitos democraticamente marcaram suas passagens pelo parque
publicidade
Em 1982, Figueiredo participou da cerimônia de abertura e do almoço, mas cancelou o passeio pelos pavilhões e antecipou o retorno a Brasília porque havia sofrido um ferimento no pé. Uma nota da Casa Civil, transcrita pelo jornal, explicou que o corte havia sido “provocado por fragmento de vidro de um copo que se quebrou ao cair da mesa no apartamento do hotel”. Em 1985, José Sarney visitou a feira e passeou entre expositores, peões e o público nos pavilhões.
As duas visitas de Lula à Expointer ocorreram em cenário de polêmicas. Em 2003 não havia animosidade entre governos e ruralistas, mas o país travava um debate acirrado em torno dos transgênicos. Em seu discurso, ao lado do presidente uruguaio Jorge Batlle, Lula prometeu que a questão seria decidida por critérios científicos. Os produtores esperavam pelo anúncio da liberação, mas não ficaram frustrados e aplaudiram o presidente pressentindo que logo seriam atendidos, o que ocorreu pouco tempo depois. Em 2010, poucos meses antes de deixar o cargo, Lula voltou a Esteio, mas não esteve no palanque oficial, o que frustrou os dirigentes rurais. O presidente foi direto ao Pavilhão da Agricultura Familiar, onde foi recebido como um pop star.
Em 2011, Dilma Rousseff esteve no palanque e afirmou que o Brasil tinha “plenas condições de enfrentar as turbulências”, referindo-se à crise econômica mundial que perdurava desde 2008 sem causar danos à economia do país. Em 2014, pouco antes de ser reeleita, Dilma disse, na feira, que tinha compromisso com a meta da inflação. “Mas não vou, para isso, desempregar o povo brasileiro”, reiterou.